72 horas em Davos, a Disneylândia do capitalismo

Tudo o que acontece em Davos no decorrer Fórum Econômico Mundial, a 1.560 metros de altitude, a contagem nunca termina porque é impossível. Um exaustivo programa oficial foi concluído na sexta-feira, com múltiplos formatos, dezenas de eventos noturnos e uma metralhadora de manchetes, que fez da pequena cidade suíça a anfitriã do congresso mundial das capitais, o fórum onde as tendências macroeconômicas são avançadas, o púlpito para falar se você quiser ser reconhecido como um líder global em finanças. Em Davos, La Bruja Avería de Lolo Rico deveria ter uma rua, por isso cantou “Viva o mal, viva o capital!”

A conclusão deste início de ano de 2023, sem os russos e suas empresas, sem os chineses e seus, foi unânime: você tem que se acostumar a administrar empresas sob incerteza, seja causada pela guerra ou pela queda da demografia na China. Temos de nos habituar à incerteza económica a que nos empurra uma constante revolução digital. E a verdade é que o capitalismo não estava habituado a tantos choques, mas daqui para a frente será o sinal dos tempos, mesmo que a guerra acabe.

Suzana Leite

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