A polícia e a Indra apresentam um novo sistema para determinar a distância e a trajetória dos tiros | Líder em informações sociais

A polícia nacional e a empresa tecnológica Indra apresentaram um novo método de análise balística capaz de determinar a distância e a trajetória de qualquer disparo.

Como a polícia informou na terça-feira, este “sistema revolucionário” é chamado iForenLIBS, que permite a análise de resíduos de cobre microscópicos do latão dos cartuchos, a partir do qual são obtidos dados sobre as circunstâncias em que um tiro foi disparado.

Essa técnica evita a necessidade de outros procedimentos mais complexos e é possível realizar a análise mesmo em roupas cobertas com restos biológicos. Além disso, o método é válido para todos os tipos de munição.

Este progresso da Polícia e da Indra foi apresentado em Lisboa durante o Congresso anual de balística e armas de fogo, organizado pela Rede Europeia de Institutos de Medicina Legal (Enfsi).

“SENSIBILIDADE EXTRAORDINÁRIA”

A inovação apresentada pela polícia na capital portuguesa analisa o problema dos cartuchos do tipo Sintox e Nontox, em que cada fabricante estabeleceu a sua própria composição de percussão. Assim, cada empresa substitui o chumbo por outros elementos considerados não tóxicos, mas mais comuns, como potássio, sódio, silício, etc. Isso torna a análise química muito mais difícil e requer mais recursos.

No entanto, graças ao sistema iForenLIBS da Indra, foi encontrada uma nova forma de determinar a distância a partir da qual o tiro foi disparado. Isso envolve a análise dos resíduos microscópicos de cobre no latão dos cartuchos, evitando assim a necessidade de outras técnicas mais complexas e podendo realizar a análise mesmo em roupas cobertas com restos biológicos.

Tudo isso foi possível graças à “extraordinária sensibilidade” do sistema iForenLIBS da Indra, que está pronto para analisar muito rapidamente partículas de qualquer elemento químico do tamanho de um mícron, um milésimo de milímetro, bem como todo o trabalho de investigação realizado pela polícia na resolução de muitos casos.

O sistema, que baseia sua operação em técnicas de espectroscopia de plasma induzido por laser (LIBS), também pode ajudar a determinar o ângulo de entrada e a trajetória da bala analisando os detritos depositados ao redor do orifício de entrada.

Em suma, tudo se passa como se capacidades até então reservadas a um grande laboratório fossem transferidas para a cena do crime. Desta forma, um grande número de testes pode ser analisado de forma simples e os primeiros resultados podem ser obtidos no local, ajudando a investigação a avançar desde o início.

Filomena Varela

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