Duas empresas espanholas disputam EPC para construir projeto de hidrogénio movido a energia solar em Portugal – revista pv Espanha

Sete empresas concorrem à construção de uma central com capacidade de produção de H2 verde de 135 kg (1.500 Nm3) por hora, alimentada por 12 MW de energia fotovoltaica, promovida pela Hyperion Renewables em Setúbal, no âmbito do seu projeto Green H2.

Português A Hyperion Renewables anunciou planos em setembro para construir uma usina de produção de hidrogênio verde movida a energia fotovoltaica em Portugal. O edital foi finalmente lançado em março e 14 empresas se inscreveram na primeira fase do concurso EPC para o desenvolvimento do projeto.

Destes, sete foram selecionados pela sua competência técnica e capacidade económica, tendo o custo do projeto sido estimado em 11,5 milhões de euros.

Na segunda fase do concurso, “as propostas serão avaliadas segundo critérios técnicos e económicos”, disse. revista de fotos João Santana Ramos, Gerente de Projeto Hyperion. “Se todas as especificações exigidas no caderno de encargos forem atendidas, os três principais critérios de avaliação das candidaturas serão: preço; a eficiência energética da Unidade de Produção de Hidrogênio (UPH); e o prazo de entrega da fábrica”.

Ao lado da UHE, haverá uma usina solar fotovoltaica com capacidade de produção de 12 MW. Além disso, um PPA renovável será estabelecido para aumentar o fator de carga dos eletrolisadores e maximizar a produção. O PPA “vai cumprir as normas exigidas pela UE para que todo o hidrogénio produzido seja considerado amigo do ambiente”, disse Santana Ramos. Os eletrolisadores produzirão 1.500 Nm3, ou 135 kg, de hidrogênio verde por hora. “A capacidade exata de produção dos eletrolisadores depende do fornecedor e da eficiência de seus equipamentos, mas deve ficar em torno de 7,5 MW”, acrescenta.

O hidrogênio será produzido com alto grau de pureza (>99,999%), tornando-o adequado para muitas aplicações. Um de seus destinos será a venda a compradores que carregarão os reboques tubulares no local, na forma de hidrogênio comprimido em torno de 200-300 bar. O seu segundo destino será a rede portuguesa de distribuição de gás natural. Será construído um gasoduto de 3,5 a 4 km entre a unidade de produção e o ponto de injeção da rede, e o hidrogênio será injetado a uma pressão de 20 bar.

As empresas que optam por construir a fábrica são maioritariamente portuguesas e espanholas. As empresas portuguesas incluem a Construção e Manutenção Electromecânica (CME), em colaboração com a produtora francesa de eletrolisadores PEM Elogen; soluções de gás PRF; Cimonttube; e ERI Engenharia. Do lado espanhol, o grupo Elecnor e a H2B2 Electrolysis Technologies em associação com as portuguesas FCC Industrial e RCC. O suíço Proman completa a lista de licitantes que disputam a segunda fase da competição.

O concurso segue o procedimento estabelecido pelo Programa Operacional para a Sustentabilidade e Utilização Eficiente de Recursos – PO SEUR – financiado pela UE, que no ano passado concedeu ao projeto Hyperion Green H2 Setúbal 5 milhões de euros em ajuda ao investimento.

A Hyperion Renewables conta com mais de 15 anos de experiência no setor ibérico das energias renováveis, e se concentra principalmente em energia solar, onde detém um portefólio de cerca de 2 GW de projetos concluídos e em desenvolvimento. A empresa desenvolve atualmente mais de 280 MW de produção de hidrogénio verde por eletrólise, distribuídos por quatro projetos, três dos quais localizados em Portugal e um na região espanhola de Badajoz. Ao longo da sua história, alcançou marcos importantes como a angariação de fundos através do concurso europeu NER 300 (2015) ou o desenvolvimento do primeiro projeto de energia solar na Península Ibérica financiado sem qualquer subsídio público.

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Filomena Varela

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