“Emirlendris é inocente e vamos recorrer”, irmã do comerciante condenada a 30 anos

Consternada, mas determinada a seguir em frente em busca da justiça, a família de Emirlendris Benítez defende a inocência desta comerciante condenada a 30 anos de prisão por sua suposta ligação com a tentativa de assassinato de Nicolás Maduro, ocorrida em 4 de agosto de 2018.

“Esta decisão é tão Injusto. Mas permanecemos firmes, pois Emirlendris é inocente e com confiança depositada em nosso Senhor Jesus Cristo, em nome de Deus, nós vamos ligar“disse Melania Leal, irmã do preso político, durante contato telefônico com Efeito Cocuyo.

Ele assegurou que com a condenação de sua família “O mundo caiu sobre ele”.

Através de um vídeo publicado na noite desta quinta-feira, 4 de agosto, Melania Leal disse que seus familiares aguardavam que ela fosse declarada inocente de todas as acusações de que foi acusado.

“Estávamos esperando por sua liberdade porque minha irmã não cometeu nenhum crime. Em relação à sentença de tal magnitude, nos sentimos arrasados, arrasados, porque minha irmã não cometeu nenhum crime para ser condenada a 30 anos de prisão. Ela é inocente”, insistiu Leal.

Seu parceiro foi condenado a 30 anos

Dos 17 condenados pelo ataque fracassado com dois drones contra Maduro, 12 receberam a pena máxima de 30 anos. Entre eles está Benítez, 41, preso em 5 de agosto de 2018 enquanto acompanhava seu parceiro, Yolmer Escalona, ​​em um serviço de táxi em Portuguesa.

Escalona também foi condenado a 30 anos de prisão. O ministro da Comunicação da época do governo de Nicolás Maduro, Jorge Rodríguez, apontou em 2018 que ele era um dos suspeitos de explosivos dos drones, acusação que também recaiu sobre seu irmão, Yilber Escalona Torrealba.

No caso de Benítez, sua irmã explicou que sua saúde está com faculdades enfraquecidas; e lamenta que com a decisão do Juiz Hennit López Mesa, do Primeiro Tribunal contra o Terrorismo, sua situação se agrave ainda mais.

O que a ONU disse?

Emirlendris Benítez tem uma filha de 22 anos e um filho de 8 anos. “Seu filho não sabe nada sobre o caso, ele acha que está trabalhando”, disse.

Em fevereiro deste ano, o Grupo de Trabalho da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Detenção Arbitrária garantiu que a detenção do preso político Emirlendris Benítez foi arbitrário e, portanto, deve ser liberado imediatamente.

Esses especialistas pediram ao governo venezuelano para colocá-lo”imediatamente liberado e conceder-lhes o direito efetivo de obter indenização e outros tipos de reparação, de acordo com o direito internacional”, segundo documento publicado pelo órgão da ONU.

“A Força-Tarefa insiste que o desaparecimentos Os desaparecimentos forçados são proibidos pelo direito internacional e constituem uma forma particularmente agravada de detenção arbitrária e ele decide encaminhar este caso ao Grupo de Trabalho sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários para as decisões que julgar necessárias”, explicam.

Concluíram que Benítez foi detido sem mandado de prisão para emitir uma licença, pois também não a encontraram em flagrante delito. Especialistas da ONU apontam que a mulher não foi informada dos motivos de sua prisão e foi mantida incomunicável.

Cristiano Cunha

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