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O Produto Interno Bruto (PIB) por habitante que tivemos em Espanha em 2007, ascendeu a 32.549,97 dólares por habitante, menos nove mil que a França e mais dez mil que Portugal. Hoje caímos para $27.057,16, onze mil a menos que a França e cinco mil a mais que Portugal. Portanto, devemos ter feito algo errado quando, em comparação com nossos vizinhos, estamos pior em termos absolutos e relativos do que há 15 anos. Hoje, aliás, o cenário econômico, assim como a guerra na Ucrânia, não nos permitem ser excessivamente otimistas. Mas temos que contribuir com o que pudermos para sair dessa situação.
As empresas espanholas estão exportando mais, a demanda interna parece ser estimulada, a inflação na Espanha em setembro, pela primeira vez, é inferior à da zona do euro, que vai para 10%, enquanto permanecemos em 9%. Recebemos notícias da queda dos preços das commodities. O preço médio do barril de petróleo da OPEP caiu para 95,63 dólares contra 101,9 dólares em agosto passado. Os números macro deveriam nos dar alegria. O Banco Central Europeu (BCE) está aumentando as taxas e colocando-as em 0,75%, alertando que elas vão subir ainda mais, então temos que estar preparados para o que isso implica. O governo terá que ter cuidado com o que faz com as emissões de dívida pública, o BCE não vai comprar tudo o que é emitido, e os juros a serem pagos serão bilhões a mais. Mas continuamos a mostrar que a Espanha não sabe ou não quer gerir os fundos europeus. A Espanha gastou apenas 23% dos fundos europeus disponíveis para os anos de 2021 e 2022. Pouco mais de 2.000 milhões já foram perdidos em 2021 “devido à sua lenta execução” e em 2022 o tratamento não parece estar indo bem rota. Atualmente, a gestão desses fundos e as transformações estruturais que permitiriam sua realização são uma importante ferramenta que deve ser aplicada com agilidade e sucesso. Lamento dizer que não conheço nenhuma empresa que tenha aprovado um projeto que tenha recebido fundos do Next Generation.

Marciano Brandão

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