Portugal.- Lula da Silva finalmente não participará da sessão extraordinária da Assembleia Portuguesa em 25 de abril

A extrema-direita em Portugal ameaçou não facilitar a vida de Lula durante sua visita oficial

MADRI, 1 de março (EUROPA PRESS) –

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, finalmente não participará da sessão extraordinária da Assembleia Portuguesa realizada todos os anos no aniversário da Revolução dos Cravos, após uma semana de polêmicas e reclamações de alguns partidos políticos, como a extrema direita Chega.

O Presidente da Assembleia da República de Portugal, Augusto Santos Silva, informou que apesar de Lula da Silva não participar neste acto comemorativo do 25 de Abril, poderá estar presente, mas sem falar perante uma Assembleia, na qual será pronunciado noutra sessão alternativa da qual mais “detalhes” serão dados posteriormente.

“Não há visita de Estado sem visita ao Parlamento e é isso que vai acontecer com o Presidente da República do Brasil (…), disse Silva depois de reunir e obter a aprovação de todos os grupos parlamentares, à excepção do Chega, noticia o jornal português ‘Expresso’.

Assim, a polémica que surgiu há uma semana quando se soube que Lula iria intervir na sessão extraordinária que, como todos os anos, se realiza na Assembleia de Portugal para comemorar o aniversário da Revolução das Chaves e com ela o fim do a ditadura, está instalada. .

Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores de Portugal, João Cravinho, anunciou que, durante sua visita oficial a Portugal, de 22 a 25 de abril, Lula da Silva interviria nesses eventos, tornando-se o primeiro chefe de Estado estrangeiro a fazê-lo–o que foi criticado pela primeira vez pelo liberais e depois com mais vigor pela extrema direita, que falava em “contaminação externa”.

O líder do Chega, André Ventura, alertou na terça-feira que os deputados do partido não seriam “nem simpáticos nem corteses” se o presidente Lula finalmente interviesse numa sessão, no dia 25 de abril, que deve representar o “consenso máximo” a nível nacional .além da esquerda e da direita.

Ventura também ameaçou não facilitar a visita de Lula, porque, intervindo ou não na Assembleia, pretendem organizar “a maior manifestação de sempre contra um chefe de Estado em Portugal”.

“Se necessário”, sublinhou, o Chega colocaria todos os seus apoiantes à volta da Assembleia para protestar contra o tipo de políticas e alianças de um Lula da Silva, que “desacreditam a democracia e destroem a democracia portuguesa”.

A viagem de Lula da Silva a Portugal será a primeira na Europa desde que assumiu o poder em 1º de janeiro, embora já tenha visitado Lisboa em novembro, quando já era presidente eleito após ter participado da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), em Egito.

Alex Gouveia

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