Antes, uma disciplina cheia de preconceitos. Agora um esporte competitivo que aspira à arte olímpica. Nos dez anos desde que Ivonne Botana abriu o 939 Oficina Muitas coisas mudaram, mas acima de tudo, as conotações que a população tem do esporte do pólo evoluíram, para melhor. “Eu era muito associada às garotas de strip-tease, muito estigmatizadas. Nada poderia estar mais longe da verdade”, diz Botana.
O estúdio enfrenta um mês muito especial, no qual se prepara para disputar o Campeonato Nacional Aeroesportivo e Desportivo organizado pela Federação Internacional de Pole Sport (IPSEF, na sigla em inglês) e que levará os atletas de La Coruña a Portugal no dia 29. Do Studio 939, seis alunas viajarão para o país vizinho: quatro competirão no pólo esportivo, outra no pólo artístico e uma final demonstrará sua habilidade com o arco. Uma façanha em que não terão o apoio de um corpo profissional, pois, embora já existisse uma Federação Espanhola desta disciplina, hoje os estúdios são regidos e organizados por eles mesmos para tentar subir nos pódios profissionais. É o que vão fazer os 939 alunos, que no entanto vão tentar não subir ao bar sozinhos, e decidiram arranjar um patrocinador para vestir os seus kits e tornar a viagem a Portugal mais financeiramente suportável.
“Há dez anos somos um estúdio, e sete anos trazendo nossos alunos para competir com equipes competitivas. Gostaríamos de encontrar alguém que nos apoiasse para ajudar nas despesas”, comenta o responsável pelo estudo. A própria Botana, que foi uma das fundadoras do Extinction Federação Espanhola de Pole Sport, Pratica esta modalidade desde os 18 anos, e quase ao mesmo tempo luta para que seja reconhecida como esporte, por ser uma das atividades físicas mais completas que se pode praticar.
Quem o pratica também defende a sua democratização: apesar de o pole sport só parecer difícil ao alcance das melhores formas físicas, os seus adeptos garantem que qualquer um pode subir na barra. “Na pole trabalhamos a força, a flexibilidade e as manobras estão feitas. Tem um ponto que beira a ginástica artística, todo o corpo é trabalhado. É direcionado para que todos possam fazê-lo. Você pode evoluir do zero, sem nenhuma condição física. Temos alunos de 6 a 60 anos”, diz Botana.
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