Comunidade ucraniana de Portugal convoca protesto contra Lula durante sua visita oficial a Lisboa na próxima semana
O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, refutou as críticas dos Estados Unidos à postura de seu país sobre a guerra na Ucrânia e destacou que a única coisa que interessa às autoridades brasileiras é promover a paz.
“Não posso dizer nada porque não ouvi nada e não sei o que é”, respondeu Vieira ao porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, que garantiu que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva , seria o “papagaio da propaganda” russo e chinês.
“O que posso dizer é que Brasil e Rússia completam este ano 195 anos de relações diplomáticas com embaixadores residentes e, em suma, são dois países que têm uma história comum (…) o Brasil quer promover a paz”, disse após encontro seu homólogo russo, Sergei Lavrov, em Brasília.
Assim, ele destacou que o Brasil “está pronto para se juntar a um grupo de países que estão prontos para falar sobre paz” e que isso foi afirmado a Lavrov durante o encontro que os dois mantiveram.
“O presidente também não falou em guerra, apenas reiterou o que já disse, que o Brasil está pronto para cooperar pela paz”, frisou sobre as últimas declarações de Lula sobre a crise na Ucrânia, informa ‘Folha de São Paulo ‘.
Nas últimas horas, Washington reagiu criticando os comentários de Lula sobre a guerra que cruzou a China e os Emirados Árabes Unidos, de onde acusou os Estados Unidos e a União Européia de favorecer a guerra ao fornecer armas à Ucrânia.
UCRANIANOS E PROTESTO DE EXTREMA DIREITA CONTRA LULA DURANTE SUA VISITA A PORTUGAL
Enquanto isso, a comunidade ucraniana em Portugal – a segunda maior depois da brasileira – convocou um protesto contra o presidente Lula por ocasião de sua visita oficial a Portugal, onde ele discursará em sessão especial no dia 25 de abril na Assembleia da República.
“Sabemos que Lula vem no dia 25 de abril e vamos preparar uma declaração da nossa comunidade porque suas declarações não apóiam o fim da guerra. Elas incentivam a continuação do genocídio dos ucranianos”, disse o presidente da Associação. Ucranianos acusados em Portugal, Pavlo Sadoja, na rádio TSF.
“O Brasil é um grande país, uma grande potência econômica, claro que a Ucrânia também precisa do apoio desses países. Precisamos do apoio de todos os países que se declaram democráticos”, disse Sadoja, que garantiu que “alguns” acreditam que Lula quer extrair “benefícios” para o Brasil à custa de vidas ucranianas.
Lula visitará oficialmente Portugal entre os dias 22 e 25 de abril, e sua presença não será aproveitada apenas pela comunidade ucraniana para expressar sua insatisfação com a posição do Brasil na guerra, mas também pela ultradireita portuguesa, que já tem de antemão que ele convocará seus próprios protestos e que estará ausente da sessão de boas-vindas que a Assembléia preparou para ele.
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