Presidente de Portugal descarta dissolução da Assembleia da República para evitar “conflitos”

MADRI, 4 de maio. (IMPRENSA EUROPEIA) –

O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, descartou esta quinta-feira a dissolução da Assembleia da República (Parlamento) para evitar “criar conflitos”, apesar dos rumores dessa possibilidade devido às suas divergências com o primeiro-ministro, António Costa.

“Não contem comigo para criar conflitos (…). Não há vontade da minha parte para criar instabilidade”, declarou Rebelo de Sousa durante uma mensagem à nação entregue ao resultado de um encontro de mais de uma hora com o próprio Costa. no Palácio de Belém, sede da Presidência portuguesa.

No entanto, o Chefe de Estado garantiu que vai agora estar “mais atento e envolvido no quotidiano” de Portugal para evitar, com efeito, que no futuro tenham de ser tomadas decisões mais drásticas. , como faz em particular o jornal português “Público”.

Apesar de não ter dissolvido o parlamento, Rebelo de Sousa indiciou o primeiro-ministro Costa, a quem, sem mencionar, questionou por não tomar decisões políticas contra o ministro das Infraestruturas, João Galamba, acusado de ocultar informações relacionadas com a companhia aérea TAP.

As diferenças entre Rebelo de Sousa e Costa abriram uma nova página na crise política interna em Portugal. O primeiro-ministro recentemente recusou-se a aceitar a renúncia de Galamba, embora o chefe de Estado tenha se manifestado a favor de tal decisão.

“La responsabilidad política y administrativa es fundamental para que los portugueses crean en quienes los gobiernan”, manifestou um Rebelo de Sousa que há incidido en que “la responsabilidad es más que disculparse, é pagar por lo que se ha hecho o no se ha Fazer”.

Galamba está indiretamente envolvido numa reunião secreta no quadro da comissão parlamentar de gestão da companhia aérea TAP, que levou o ministro a apresentar uma demissão que o próprio Costa acabou por rejeitar, motivando novas tensões com o chefe de Estado.

O Presidente Rebelo de Sousa, por seu lado, reagiu a esta manobra de Costa com uma declaração inédita em que apelou para as “razões imperiosas” apresentadas por Galamba, “ligadas à perceção que os cidadãos têm das instituições públicas”. Além disso, sublinhou que está em jogo o “prestígio” das instituições portuguesas.

A crise desencadeada entre os dois dirigentes reacendeu os apelos dos partidos da oposição à antecipação das eleições legislativas, passo que, no final, o Presidente Rebelo de Sousa recusou-se a tomar para não pôr em perigo a estabilidade do país.

Alex Gouveia

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