Os Tribunais de Contas de Portugal e Espanha aconselham mais formas de travar desertificação e incêndios na Península – Sociedade

Os Tribunais de Contas de Portugal e Espanha recomendam aos seus governos mais meios para travar a desertificação e os incêndios na Península Ibérica. As Entidades Fiscalizadoras Superiores dos dois países elaboraram um relatório conjunto com o objetivo de obter uma radiografia global deste fenómeno, no qual se conclui que a desertificação, a prevenção e a supressão dos incêndios continuam a ser um desafio para ambos os países, embora são detectados progressos na coordenação dos dispositivos de extinção de incêndios.

Segundo as duas instituições, Espanha e Portugal são dois dos países com maior incidência de incêndios na União Europeia, tendo sofrido nos últimos anos episódios muito violentos dos chamados incêndios de “nova geração”.

Estes incêndios caracterizam-se por “comportamento extremo do fogo” e consideram que os programas nacionais de combate à desertificação não foram “completamente desenvolvidos e que os recursos financeiros não foram especificamente alocados”.

Além disso, o trabalho confirma que as medidas de proteção e gestão do solo não são planejadas nem consideradas. Apontam ainda que o quadro de avaliação dos programas de ação nacionais e os instrumentos de acompanhamento e acompanhamento da desertificação e degradação dos solos não estão suficientemente desenvolvidos e que não existem projetos de cooperação transfronteiriça na área do combate à desertificação.

Por estas razões, o relatório conjunto enumera aspectos a melhorar, como, por exemplo, o aprofundamento da promoção e monitorização dos programas de combate à desertificação, incluindo a melhoria dos modelos de monitorização e cooperação transfronteiriça, bem como o reforço da meios de prevenção e extinção. incêndios florestais e continuar a melhorar a coordenação de todos os agentes envolvidos, para enfrentar o desafio dos incêndios de “nova geração”.

Por outro lado, são identificados avanços no planejamento e na capacidade operacional, bem como avanços na coordenação dos dispositivos de combate a incêndios, apesar dos desafios dos incêndios de próxima geração.

Em 2018, durante a IV reunião entre os Tribunais de Contas de Espanha e Portugal, foi acordado, no âmbito do aprofundamento da cooperação bilateral, realizar trabalhos conjuntos sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que deram origem a esta iniciativa. Este relatório conjunto tem por base os resultados dos relatórios de auditoria que as duas instituições têm aprovado nesta matéria.

Os dois Tribunais de Contas acordaram incluir nos seus programas anuais auditorias às medidas públicas de mitigação dos processos de desertificação e de prevenção e extinção de incêndios.

Este relatório será apresentado pelas duas instituições na Conferência Internacional sobre Incêndios, promovida pelas Nações Unidas, que terá lugar no Porto a 16 de maio.

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Filipa Câmara

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