BRUXELAS, 29 de maio. (IMPRENSA EUROPEIA) –
A União Europeia vai duplicar a sua frota de aviões anfíbios para o combate aos incêndios florestais este verão e vai contar com 28 aviões para a reserva europeia de emergência, além de duplicar o número de bombeiros pré-posicionados na Europa para participar no combate aos incêndios.
É o que confirma o Comissário para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, em entrevista à Europa Press e outras agências incluídas na Sala de Imprensa Europeia, na qual detalhou que a força de emergência europeia vai duplicar com 10 aviões anfíbios médios, 14 aviões anfíbios ligeiros e 4 helicópteros.
Um total de 28 soldados contra 13 que a UE teve até agora em seus esforços conjuntos para combater os incêndios. É para duplicar a quantidade de água que estes aviões podem transportar quando auxiliam nas funções de combate e extinção de incêndios e o reforço responde a uma época estival que será marcada por incêndios, segundo as previsões da Comissão Europeia.
“Prevemos um início de verão muito movimentado porque este ano está mais seco do que a média. Até muito recentemente, tínhamos períodos de seca em Portugal, Espanha, sul de França e norte de Itália”, explicou o comissário esloveno durante uma conversa. o Centro de Coordenação de Resposta de Emergência em Bruxelas, onde a UE coordena os esforços dos Estados-Membros em resposta a crises, catástrofes e operações de proteção civil.
Depois de o verão de 2022 ter sido o pior dos registos de incêndios e a zona devastada por incêndios na Europa, Lenarcic confirmou ainda que o destacamento de bombeiros europeus em alerta para responder a crises nos vários Estados-membros está em vias de duplicar.
Enquanto no ano passado o programa piloto de pré-posicionamento de equipas de combate a incêndios mobilizou 200 bombeiros de seis países da UE sediados na Grécia, este ano a UE conta agora com 400 militares de dez Estados-Membros concentrados na Grécia, França e Portugal, todos com o objetivo de agilizar a resposta no terreno quando os incêndios começam.
AUMENTAR A PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS FORA DO VERÃO
O fenômeno dos incêndios está afetando cada vez mais a Europa, com incêndios mais graves ocorrendo mais cedo. Por exemplo, a Espanha destruiu mais de 50.000 hectares até agora este ano, mais da metade da área queimada até agora em 2023 em toda a União.
Perante isto, o responsável pela gestão de crises recorda o grave incêndio que afetou o norte de Portugal em outubro de 2017 e lembra que estas catástrofes são cada vez mais frequentes, não só na época estival e não só na região mediterrânica.
“Ninguém pode considerar-se a salvo ou a salvo deste fenómeno face à evolução das condições. Isto implica que todos devemos trabalhar não só na resposta, mas também intensificar os nossos esforços no domínio da prevenção”, acrescentou. disse Lenarcic.
Nesse sentido, recorda os planos de prevenção promovidos por Bruxelas em coordenação com os Estados-membros, também face ao fenómeno dos incêndios que afectam mais do que um país e exigem uma cooperação estreita entre os parceiros europeus.
Da mesma forma, Lenarcic destaca também os exercícios de prevenção e sensibilização, já que, como recorda, a “esmagadora maioria” dos incêndios florestais se deve à ação humana, seja por negligência ou por criminosos de incêndio, seja por desconhecimento dos perigos. de fogo.
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