Santander nomeia Pedro Castro como chefe da Europa para suceder a Antonio Simões | Empresas

Pedro Castro e Almeida, novo Diretor Regional do Banco Santander na Europapaulo alexandre coelho

O Santander renova a liderança da sua atividade na Europa. O banco anunciou a nomeação de Pedro Castro e Almeida, até agora CEO do Santander Portugal, para liderar os negócios na Europa. Assim, a partir de 1º de setembro, Castro e Almeida substituirá Antonio Simões, um dos homens fortes do banco, que figurava na lista de favoritos para assumir a presidência do Santander. O banqueiro português vai deixar a entidade para ingressar na seguradora britânica Legal & General.

Castro e Almeida, que ingressou no banco em 1993, será responsável pelas operações na Espanha, Reino Unido, Polônia e Portugal, e liderará a transformação na região. Ele se reportará diretamente ao CEO do grupo, Héctor Grisi. Ele também permanecerá CEO do Santander Portugal.

O cargo de chefe da Europa é um cargo alto, logo abaixo da presidente, Ana Botín, e do próprio de Grisi no organograma do banco. Em 2019, a entidade decidiu reorganizar a sua atividade em torno de três mercados: Europa, América do Norte e América do Sul. A intenção do banco era adotar uma estrutura mais ágil para evitar duplicidades e para que cada área se beneficiasse dos pontos fortes do grupo. O objetivo final era que cada país incorporasse em cada país o que funcionava em outro para funcionar como um grupo bem oleado e não como áreas isoladas.

Nesta época, o Santander projetou uma estrutura de duas cabeças para a América do Norte com Héctor Grisi e Scott Powell à frente da empresa. O banco também nomeou Gerry Byrne como chefe da Europa e confiou a Sérgio Rial a responsabilidade pelas operações na América do Sul. Quatro anos depois, o Santander substituiu todos, alguns por duas vezes.

Renovação de espaços

Na Europa, de fato, é o terceiro revezamento em apenas quatro anos. A primeira delas foi em 2020. Nessa época, Gerry Byrne decidiu se aposentar após 50 anos no setor bancário. Nessa altura o cargo foi assumido por António Simões. Sob a liderança do banqueiro português, o banco avançou na integração das suas atividades na região e na construção do One Santander. Da mesma forma, o lucro ordinário na Europa aumentou de 1.138 milhões de euros em 2020 para 3.810 milhões em 2022. A partir desta posição, Simões tornou-se um dos banqueiros fortes do grupo e o seu nome chegou a misturar-se com o de diretor das pools de delegados do grupo. Cargo ao qual Héctor Grisi foi finalmente promovido.

No caso da América do Norte, o Santander também dispensou seu chefe regional duas vezes desde 2019. Nesse mesmo ano, Scott Powell trocou o banco pelo Wells Fargo como diretor de operações. Foi uma saída polêmica, pois Powell abriu mão de seus bônus em troca do Santander anular a cláusula que o impedia de trabalhar para a competição. Ele também foi uma vítima sensível. Powell havia sido mandatado pela entidade para remediar os problemas da entidade com os regulamentos dos EUA. Entre 2014 e 2016, o banco falhou nos testes de estresse do Federal Reserve: planejamento financeiro e sistemas de gerenciamento de risco ficaram aquém.

Com a saída de Powell, o banco reduziu sua estrutura e a zona norte-americana passou a ser administrada por um único executivo, Héctor Grisi. Sob sua liderança, os Estados Unidos e o México dispararam o negócio. O próprio Grisi é creditado por desempenhar um papel fundamental na transformação, com um aumento de 40% no número de clientes e a digitalização das operações bancárias. Após sua nomeação como CEO do grupo, o Santander contratou Christiana Riley (ex-Deutsche Bank) como chefe da América do Norte.

Por sua vez, o Santander também substituiu recentemente o diretor regional para a América do Sul. Em janeiro de 2022, Sergio Rial deixa o cargo e este é assumido pelo espanhol Carlos Rey de Vicente, que permanece no comando da principal área geográfica do banco.

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Suzana Leite

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