Tecnologia chega à apicultura em Xurés para promover sua abelha nativa

Apixen é um projeto ambicioso nascido com o objetivo de promover o inovação e sustentabilidade na apicultura do Parque Natural dos Xurés. Além de recuperar a presença de abelhas nativas nesta reserva da biosfera na província de Ourense na fronteira com Portugal. Participa neste programa a Associação Galega do Sector Florestal (Asefoga), responsável pela coordenação; a Universidade de Vigo, que se dedica ao estudo morfológico e genético das abelhas da região; e a Associação Agrogandeira Apícola e Florestal de Bande, para realização do trabalho de campo.

Ontem, depois de dois anos estudando as abelhas de Xurés e a posterior criação de rainhas locais nos laboratórios da universidade, os apicultores do Bande recebeu as rainhas levantadas introduzir em suas colméias e assim começar a cumprir os objetivos tecnológicos. “Todos os insetos que entregamos possuem características de espécies nativas. O próximo passo, que começa agora, é monitorar seu comportamento e continuar aumentando a população local”, explica Miguel Acuña, idealizador do projeto. Para realizar esse monitoramento, eles prepararam um sistema tecnológico que permitirá o controle remoto colmeia através de um aplicativo móvel. “Isso nos permite extrair continuamente informações muito importantes sem perturbar as abelhas várias vezes ao dia. Assim eles podem fazer o seu trabalho e nós podemos observar”, explica Miguel.

Para os apicultores, esse salto na inovação também representa um avanço qualitativo e quantitativo muito significativo, pois além de melhorar a qualidade do mel, eles poderão aumentar sua produção e Integre a tecnologia ao seu trabalho. “Em nossas colmeias, será colocada uma balança com sensores de umidade e temperatura. Este dispositivo nos permitirá obter dados muito valiosos porque estuda constantemente o comportamento de nossas abelhas. Entre outras coisas, vai nos dizer a que horas começam e terminam o trabalho ou quando perdem e ganham peso”, explica Xurxo Domínguez, um dos apicultores de Bande envolvidos no projeto.

Coleta de amostra de abelhas para análise e estudo. | //FDV

sucesso nos resultados

Todos os esforços feitos pelas entidades colaboradoras nos últimos dois anos estão rendendo “frutos resultados”. Isso foi explicado ontem durante a entrega das rainhas aos apicultores. “Temos conseguido desenvolver técnicas de seleção e melhoramento de espécies nativas, contribuindo para mantenha sua genética. Isto é muito importante porque quem é daqui tem uma melhor evolução adaptativa ao território, às condições ambientais e à flora. Além disso, também apresentam vantagens para combater diferentes pragas e obter maior resistência a doenças”, explica Miguel. Isso resulta em maior eficiência e, portanto, maior produção de mel.

Conseguir a implementação de tecnologias inovadoras nas colmeias, promover práticas sustentáveis ​​e formar apicultores para melhorar as suas práticas e fortalecer o setor, são outros sucessos alcançados até ao momento. No entanto, se ontem apresentaram as conclusões do projeto Apixen, hoje outra das partes mais interessantes começa: Verifique o funcionamento da tecnologia implementada e veja os resultados do aumento da população local. Claro, seu trabalho já deixa um legado duradouro no setor apícola.

Rainhas nativas criadas no laboratório UVigo. | //FDV

“Surgiu a oportunidade de fazer o projecto nas nossas abelhas e não hesitámos”

Para levar adiante o projeto Apixen, era essencial rfaça um levantamento da área primeiro e as diferentes espécies de abelhas que ali vivem. “Pegamos enxames de diferentes áreas do parque, principalmente eram os mais distantes porque consideramos que poderiam reter mais as características locais por não estarem tão misturados com espécies de fora.

Claro que era essencial a colaboração dos apicultores colher amostras de suas colméias. “Surgiu a oportunidade de realizar o projeto nas nossas abelhas e não hesitamos, porque para nós significa uma melhoria na produção e nas condições de trabalho”, admite o apicultor Xurxo Domínguez. A partir de agora, sua intenção, além de continuar aumentando a população e a produção, é “estudar quais são as abelhas de elite dentro das espécies nativas”. Uma das conclusões deste estudo é que dentro da abelha Apis mellifera iberiensis (a abelha local) que vive no Parque Natural do Xurés, existem duas linhagens genéticas diferentes (subespécies): A, que vem diretamente da África, e M, que atravessou a Europa antes de crescer na região. Além disso, também puderam verificar que de todas as colmeias, 80% pertencem ao tipo africano e 20% ao tipo europeu.

Filomena Varela

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