Estudo confirma importância de surfistas em resgates no mar

Há poucos dias, o médico emergencista, surfista e divulgador Sergio Correa publicou um artigo no AS Acción. Ele explicou que é muito importante que os surfistas tenham um conhecimento básico de técnicas de resgate e ressuscitação cardiopulmonar. Que até este ano já viveu duas situações em que teve de intervir enquanto surfava. Bem, um estudo publicado em maio apóia essa necessidade.

O estudo minuciosamente conduzido afirma que o problema das mortes por afogamento não pode ser ignorado, pois representa um sério problema de saúde pública. Na Espanha, essas tragédias causam mais de 400 mortes por ano, enquanto Portugal não está isento, com uma média de 217 mortes por ano entre 1992 e 2019.

O estudo foi realizado por meio de uma pesquisa online, na qual Participaram 2048 internautas dos dois estados da Península Ibérica. Esta amostra foi constituída por 58% de portugueses e 42% de espanhóis. Os participantes responderam a uma série de perguntas que abrangem tudo, desde dados demográficos e experiência pessoal até percepções individuais de risco. Além disso, foram estudados os casos de resgates realizados por surfistas, bem como seu conhecimento e experiência em técnicas de resgate e reanimação.

Analisando o número de resgates feitos por surfistas, o relatório aponta que 78,5% dos entrevistados realizaram pelo menos uma operação salva-vidas. O estudo também encontrou uma correlação significativa entre os anos de experiência no surf, o nível de habilidade no surf e o número de resgates realizados.

No campo da formação, revelou-se que 35,8% dos surfistas nunca receberam treinamento em técnicas de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Da mesma forma, 76,2% não tinham experiência em primeiros socorros.

Esses resultados permitem concluir que, apesar de seu papel de destaque nas operações de resgate, a grande maioria dos surfistas examinados não tinha conhecimento essencial para o resgate e reanimação.

Francisco Araújo

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