Quem foi Marie Anne Périchon, “La Perichona” ou “Petaquita”?

“Essa mulher, com quem o vice-rei (Liniers) mantém amizade, é o escândalo da cidade. Ela não sai desacompanhada, tem guarda em sua casa, emprega a tropa de serviço para seu próprio trabalho. pagas à custa do tesouro real são guardadas em sua casa com a única finalidade de cuidar dos seus passeios.(…) Esta casa frequentada pelo vice-rei era armazém e depósito de inúmeras negociações fraudulentas.; aquele que abriu caminhos no exterior para tomar posse da cidade e nos impor o domínio britânico nas regiões do Rio da Prata; aquele que serviu de alojamento e refúgio para os verdadeiros espiões”. Relato emocionante de Martín de Alzaga, inimigo jurado de Liniers, no Supremo Conselho Central do Reino de Espanha. A carta obviamente buscava desacreditar Liniers, mas a ênfase estava na figura de seu amante. Era outubro de 1808, quando o avanço napoleônico em direção à Espanha era imparável e a situação francesa de Santiago de Liniers e Anne Marie Périchon era insuportável para parte do establishment de Buenos Aires.

Esta mulher era Marie Anne Périchon de Vandeuil, nascida em 1775 nas Ilhas Bourbon (atual Ilha da Reunião, pertencente à França), do arquipélago Mascarenhas, no sudoeste do Oceano Índico. Ela era filha do rico comerciante, oficial da Compagnie des Indes e nobre francês: Esteban Armando Périchon de Vandeuil.

Suzana Leite

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