Recentemente, o Observatório Venezuelano da Violência (OVV) alertou para o número de mortes autoinfligidas no país controlado pelo regime madurista.
Segundo a organização, só entre janeiro e julho foram registrados 256 suicídios.
O OVV apresentou um relatório especificando que o estado de Mérida é a entidade com maior número de casos com 13,7%, seguido de Aragua com 9,8%; Zulia, com 8,2%; Barinas, com 7%; Português, com 7%; Trujillo, com 7%; Falcão, com 6,3% e Lara, com 5,5%.
A esse respeito, a Dra. Rebeca Jiménez, especialista em medicina psiquiátrica, apresentou seu ponto de vista sobre o programa La Tarde da NTN24.
“Os registros de suicídio no mundo ainda estão aquém da realidade. Isso é produzido, de alguma forma, para não dar esse impulso ao resto do povo. Não esqueçamos que o suicídio é, para muitos, uma forma de sair do sofrimento”, disse Jiménez.
“A tristeza é uma das principais emoções, todos estamos ligados à tristeza, mas uma coisa é ficar triste e outra é querer aliviar o sofrimento através do suicídio. Já tomar a decisão de acabar com a sua vida é outro nível. O suicídio é algo que está ligado ao desespero”, continuou.
Sobre a saúde mental em tempos de ditadura, o entrevistado afirmou: “O desespero é uma emoção extrema onde o ser humano está desligado da vida e é o momento mais perigoso (…) Os mais sensíveis ao desespero são os idosos. Preferem sacrificar-se para que os jovens possam sobreviver e isso é algo que me comoveu”.
“O primeiro medo de toda a humanidade é a morte. Em 40 anos nunca vi nada parecido, em 40 anos de prática é a primeira vez que capto este fenómeno”, acrescentou.
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