2015 A Assembleia Nacional exige a transferência dos milhões libertados por um tribunal português para o fundo social

A Presidente da Assembleia Nacional em 2015, Dinorah Figuera, exigiu que os 1,5 mil milhões de dólares ordenados pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa para reembolsar o governo de Nicola Maduro ser transferido para origem social que será administrado pela ONU.

Em junho deste ano, o órgão presidido por Figuera enviou uma comunicação ao governo português, através da sua embaixada em Caracas, solicitando que os recursos fossem utilizados para implementar o acordo social que foi assinado no mesa de negociação do México em novembro de 2022.

Este acordo estabelece que os fundos “congelados” no sistema financeiro internacional, devido às sanções que pesam sobre o governo de Nicolás Maduro, deverão ser gradualmente incorporados na forma de contribuições para ajudar necessidades de eletricidade, alimentos e infraestrutura na Venezuela.

“Em hipótese alguma esses recursos devem ser transferidos para o regime de Maduro, que repetidamente demonstrou que o dinheiro dos venezuelanos foi roubado e podemos citar como exemplo todos os desvios que ocorreram em PDVSA“, Especifica o comunicado enviado à mídia nesta quinta-feira, 10 de agosto.

O NA 2015 está disponível para “fazer acordos apropriados com o OFAC e o governo dos Estados Unidos para que esses fundos sejam direcionados ao fundo social administrado pela ONU”.

Os líderes da oposição insistem que o governo Maduro não poderá aceder aos milhões de dólares, apesar da decisão a seu favor, sem a permissão do governo. Escritório de controle de ativos estrangeiros (Ofac) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, a transferência não será possível.

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“A proteção deste dinheiro das Bandas que está no Novo Banco baseia-se nas ações do Tesouro sobre as Bandas, enquanto existirem essas ações, Nicolás Maduro não terá acesso a esse dinheiro”, disse o líder do Primero . Justicia e deputado de 2015 Carlos Paparoni.

Do lado do governo, também admitem que não será “fácil” ter acesso a esse dinheiro. Vice-Ministro da Política Antibloqueio, Guillaume Castillo, disse em entrevista à VTV nesta quinta-feira, 10 de agosto: “A importância dessa decisão é que ela abre uma nova etapa. Mesmo que esse dinheiro não chegue amanhã, segundo diz o canalha Paparoni (…) mas é sem dúvida uma vitória legal que nos permite abrir um precedente para a luta da Venezuela contra as sanções e o bloqueio”.

Refira-se que a AN de 2015 afirma a sua legitimidade como único poder legislativo na Venezuela face à fraude eleitoral que denuncia nas eleições legislativas de 2020.

Porém, a Assembleia Nacional de maioria chavista é quem controla o Palácio Legislativo e atualmente legisla.

Alex Gouveia

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