O Presidente da República defendeu, em Newark, nos Estados Unidos, perante o embaixador norte-americano em Portugal, que Portugal é “o aliado ideal” e um país seguro em tempos de guerra.
“Somos o aliado ideal, porque somos um aliado respeitoso e seguro”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na noite da sexta feira, ao início da manhã de sábado em Portugal, no Sport Club Português, em Newark, estado norte-americano. de Nova Jersey, último ponto do seu programa nos Estados Unidos da América.
Este encontro com os emigrantes e descendentes portugueses foi acompanhado pela presença do embaixador dos Estados Unidos em Portugal, Randi Charno Levine, que descreveu o presidente português como um “bom e velho amigo do povo americano”.
No seu discurso, o Chefe de Estado descreveu Portugal como “um país exemplar e dentro dele é pacífico e seguro”, afirmando que “pode haver guerras, que em Portugal podemos viver em segurança – o que também foi o caso no mundo.” Segunda Guerra “É como guerra após guerra.”
Marcelo Rebelo de Sousa apresenta também Portugal como um país em que “cada um pode ter as suas ideias ou o seu partido”, mas onde todos estão unidos: “Estamos unidos, porque só temos um partido, que se chama Portugal.
“É o único partido que temos, é a única realidade que nos une: o nosso país é a nossa força, a nossa coragem, a nossa determinação”, reforçou.
Durante esta reunião no Português Sport Club, ainda antes de regressar a Lisboa, o Chefe de Estado recebeu da vice-presidente deste município, Lígia de Freitas, cidade norte-americana do Cap. .
No seu discurso, alternando entre inglês e português, o Presidente da República reiterou a sua habitual mensagem de elogio aos emigrantes e aos portugueses em geral, descrevendo-os como “os melhores” e como um poionero pioneiro que se espalhou pelo mundo, inderrotável.
“Sentimos pena dos nossos amigos americanos, porque em geral eles são os melhores, mas há uma exceção: não somos os melhores”, disse ele.
Depois, exaltou ou pretérito de Portugal: “Nós fizemos o que ninguém mais fez. Com menos de mil habitantes, vamos primeiro às Américas, vamos primeiro ao Japão, à Índia, à China, a todos os extremos da África, ao norte e ao sul. Éramos poucos, mas estávamos bem. Terminamos e continuamos. »
“Lutamos no fim do mundo e nos estabelecemos sem nunca nos derrotar”, acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que a capacidade de dois emigrantes começarem do zero, “com uma mão à frente e atrás”, é uma característica dos portugueses: “Não somos assim, mais frágeis do que torcidos. Não torcemos e isso é para você”, acrescentou.
“É por isso que digo que tenho muito orgulho de ser presidente deste país, porque não existe outro país como o nosso. Ser presidente deste país é motivo de orgulho diário. E depois há muito mais”, acrescentou.
Após o seu discurso, prometeu regressar a Newark dentro de dois anos e exclamar em inglês o seu amor por esta comunidade de imigrantes: “I love you”.
O Presidente da República viajou domingo à noite aos Estados Unidos vindo do Canadá, onde realizou uma visita oficial de cinco dias dedicada às comunidades portuguesas deste país, passando um total de dez dias fora de Portugal.
Ao longo desta semana esteve nomeadamente na cidade de Nova Iorque, onde participou na 78ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).
Além de participar no debate geral anual entre os chefes de Estado e de governo dos 193 países membros da ONU, Marcelo Rebelo de Sousa discursou na cimeira sobre sustentabilidade climática num debate aberto do Conselho de Segurança da ONU sobre a Ucrânia.
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