Cidades brasileiras apoiam iniciativa cinematográfica pai e filho. Sidnei e David Schames promovem a sétima arte em sessões que reúnem crianças sem deficiência e portadoras de deficiência auditiva, visual, intelectual ou cognitiva.
Festival de Cinema Infantil Acessível – serviço educativo que começa no Brasil em setembro. Foi através da passagem de um projeto tecnológico combinado por diferentes cidades nacionais que nasceu a ideia de estar longe do Brasil. Sidnei Schames diz que tudo começou em 2009.
Três tecnologias no filme
“Comecei a criar projetos para fazer filmes, obter a íntegra e apresentar filmes com três tecnologias de acessibilidade: a autodescrição, que é voltada para pessoas com deficiência visual. Mais tarde descobri que também facilita deficiências cognitivas e intelectuais, perda de peso, língua Sinais brasileira e legenda descritiva, por isso só recentemente descobri e não sinto falta da língua Sinais. E coloco três tecnologias que não filmam simultânea e abertamente. Porque é importante que a população sem deficiência conheça a tecnologia e saiba que é possível todos estarem na mesma sala de cinema.
A capital federal conta com mais de 100 apresentações e tem inspirado os mentores do festival a expandirem seus horizontes para o mundo.
Foi então apoiado pelo projeto Criança Esperança que, como iniciativa, ampliou as possibilidades de continuidade. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, UNESCO, apoia a seleção de projetos de organizações da sociedade civil operacionalizados pela Globo.
Embora o pai tenha começado o festival, o impulso do filho David Schumer disse que mudou o conceito inicial da iniciativa para se aproximar das crianças da sétima arte.
“Ele sempre apoia o trabalho do meu país. Ele já estava acostumado a viver em um ambiente inclusivo. Eu entendi o que era. Esta foi uma apresentação que fui assistir ao filme, assisti e participei de algumas sessões de audiodescrição e tecnologia de acessibilidade. Meu país me proibiu de ir lá porque o filme tinha jantares impróprios para crianças. Nesse momento, eu tinha oito anos. E lá ele me contou quantas crianças poderiam se beneficiar com isso.
Cultura, educação, tecnologia e solidariedade
A ideia do Festival de Cinema Infantil Acessível nasceu com facetas de cultura, educação, tecnologia e solidariedade. O projeto passará a contar com uma rede de compartilhamento virtual.
“A minha experiência com o cinema e até com a minha família, com o meu pai e a minha mãe, foi que foi diferente. Porque não é via isso nas famílias. Isto não é para um cinema normal. “E estou transformando vocês em um formato acessível com algumas escolas infantis convencionais, escolas que trabalham com crianças com deficiência e mais entidades que trabalham com pessoas com deficiência para que todos possam estar juntos.”
O projeto nascido no Rio Grande do Sul deverá chegar aos países de língua portuguesa.
Exposições
“As tecnologias estão prontas na língua portuguesa. Então as pessoas querem ir para todos os países que chamam português. Queremos ter a possibilidade de ir para África e para Portugal, saindo do Brasil. Oh, este universo é muito pequeno. E você também pode fazer esse trabalho em outros idiomas, mas, como acontecerá em breve, a partir do momento em que os filmes estiverem em português, as pessoas não poderão mais bloquear esses filmes. As pessoas têm medo de viajar para mais países e mostrar o seu trabalho. Nosso grande objetivo é esse: mostrar às pessoas que existe essa possibilidade de ir ao cinema em família, e para cada vez mais pessoas ao redor do mundo.
Troca aprendida
Estão em curso contactos entre idealizadores para mapear dois países africanos utilizando a língua portuguesa e para acolher o festival noutras partes do mundo.
Eles ressaltam que o festival promove a troca de aprendizados e se alinha aos objetivos globais. Principal Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, ODS 4, sobre educação de qualidade.
Os organizadores sublinham ainda que se orientam exclusivamente pelos objetivos do ODS 8, sobre trabalho digno e crescimento económico, e do ODS 10, sobre redução das desigualdades.
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