A nova edição do prestigiado Festival de Fadoque traz à nossa cidade os melhores representantes da bela e conceituada música tradicional portuguesa e que terá lugar no Sexta-feira, 17 de novembro, no Centro Cultural Kirchner de Buenos Aires com ENTRADA GRATUITA.
Este evento, que visa promover o fado e a cultura portuguesa e que já vai na sua 13ª edição, será dedicado à guitarra portuguesa e será uma oportunidade para ver ao vivo fadistas do calibre de Cristina Branco E Cuca Rosetae o excelente guitarrista Bernardo Couto, que também ministrará um workshop sobre o instrumento e sua técnica. Da mesma forma, será exibido um documentário sobre a história da guitarra portuguesa.
Cuca Roseta É uma das vozes mais aclamadas e respeitadas do fado. Publicou sete álbuns, assinados pelos mais prestigiados produtores do mundo e com grande reconhecimento da mídia e do público. Ao longo de sua carreira, compartilhou momentos musicais com Brian Adams, Júlio Iglesias, Ivan Lins, Djavan, Jorge Drexler, David Bisbal, Menina Pastoria, Silvia Pérez Cruzentre outros.
Seu primeiro álbum foi produzido por Gustavo Santaolalla. O sucesso foi tal que rapidamente a consagrou como uma das mais importantes fadistas. Em Raiz, o seu segundo álbum, assume-se como compositora e letrista da maior parte das letras. Depois de Santaolalla, Nelson Mottaconhecido produtor brasileiro, também foi conquistado pelo talento de Cuca Roseta e produzido Riu, um álbum que revolucionará sua carreira. Todas as músicas de seu último álbum, Miausão escritas pelo fadista.
Para a digressão do Festival de Fado, Cuca Roseta Preparou um espetáculo especial onde irá revisitar os clássicos do fado e os sucessos da sua carreira. A artista pretende ainda aliar o seu canto à cultura dos países onde se apresentará, preparando algumas surpresas para o público.
Cristina Branco É uma incansável embaixadora da cultura portuguesa em todo o mundo. Nas últimas duas décadas, ela se estabeleceu como uma das cantoras mais prolíficas da atualidade e produziu uma extensa discografia.
A música tradicional portuguesa e o fado são as suas principais raízes estéticas, mas a influência do jazz, da literatura e dos músicos com quem partilha o palco conferem à sua música um toque universal. Sua carreira começou na Holanda, onde gravou Cristina Branco na Holanda ao vivo (1997). Nos anos seguintes, seu nome ressoou por toda a Europa, esgotou seus shows em diversas cidades e publicou diversos álbuns, incluindo Sussurros (1998) e Post Scriptum (2000) – considerado o melhor álbum do mês em França –, que reforçam o sucesso do seu primeiro trabalho e pelo qual recebeu dois Prix Choc, os prestigiados prémios da revista francesa O Mundo da Música.
Considerado o melhor álbum do ano pela Sociedade Portuguesa de Autores, Menina (2016) é o primeiro capítulo de uma trilogia completada pelo jovial branco (2018) e Véspera (2020), álbuns em que Cristina Branco Lidera colaborações inusitadas que transcendem estilos, culturas e geografias e nas quais cria interpretações que inovam a expressão musical tradicional do fado. Em 2022, ano em que comemora 25 anos de carreira, a artista volta aos lançamentos discográficos com o aclamado Amoras numa tarde de outono.
Bernardo Coutonascido em 1979, começou a aprender guitarra portuguesa aos 13 anos com o guitarrista e compositor Carlos Gonçalves. No Escola de Música do Conservatório Nacional Formou-se em guitarra portuguesa e formação musical, tendo também cursado as disciplinas de análise e técnicas de composição, acústica, história da música e música de câmara.
Começou a tocar profissionalmente na casa de fados Mesa de Frades, e desde então tem empreendido um percurso como acompanhante tocando com Raquel Tavares, Camane, Ana Moura e, mais recentemente, com Cristina Branco, António Zambujo E Rao Kyao. Também faz parte da dupla com o bandoneonista argentino Martin processoue o trio SUL com o pianista Luís Figueiredo e o contrabaixista Bernardo Moreira. Em 2022, e com a chancela editorial do Museu do Fado, lança um disco a solo ligado exclusivamente ao repertório de guitarras tradicionais lisboetas.
A denominação “guitarra portuguesa” surge em fontes históricas do segundo quartel do século XIX, que documentam a utilização do modelo com seis pares de cordas, modificação provavelmente introduzida em Portugal. A partir de 1840, soubemos da sua associação ao fado e ainda hoje desempenhará um papel absolutamente central. Durante o século XX, Artur Paredes E Carlos Paredes Ampliariam muito o repertório, a expressividade e a técnica do violão, transformando-o em um fascinante instrumento de concerto, com extenso repertório solo. Um instrumento com um timbre tão diferente que, onde quer que o encontre, todos os portugueses o reconhecem desde os primeiros acordes.
A festa do Fado
Completando 12 versões desde a sua estreia em Madrid em 2011 (ano em que o fado foi declarado pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade), a edição de 2023 deste festival intitulada O Fado e a Guitarra Portuguesa procura promover esta arte e, portanto, a língua e a cultura portuguesas em 17 cidades de 13 países da Europa, Ásia, África e América Latina, com artistas de topo, palestras, filmes e exposições representativas do fado e da cultura portuguesa.
Na cidade de Buenos Aires, o Festival acontecerá na sexta-feira, 17 de novembro.
PROGRAMA
-14h30 Exibição de filme. Documentário: Guitarras em Português– Auditório 511. Documentário de 90 minutos dirigido por Iván Dias onde violonistas, autores e guitarristas revelam os seus diferentes percursos no fado.
-16h30 Oficina Bernardo Couto no Salão de honra. Conferência sobre as origens, história e técnicas da guitarra portuguesa.
-17h Concerto de Bernardo Couto no Salão de honra
-19:00. Show Cuca Roseta
-9:00 da noite. Show Cristina Branco
*O Festival de Fado acontecerá na sexta-feira, 17 de novembro, no Centro Cultural Kirchner (Sarmiento 151, Buenos Aires). Para mais informações visite Página do festival.
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