Costa e Marcelo alinhados não convidam Centeno – Economia

Costa e Marcelo alinhados não convidam Centeno

O Primeiro-Ministro e o Presidente da República estão alinhados em vários contactos importantes com o Governador do Banco de Portugal. Centeno admitiu o seu apoio, mas Marcelo acabou por optar pela dissolução da AR.



Pedro Nunes/Reuters



Enquanto existem discussões para sondar Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, sobre a possibilidade de suceder a António Costa como primeiro-ministro, uma série de continuidade da maioria atual, sempre articulada entre o primeiro-ministro e o presidente da República.

Segundo informações recolhidas pelo Negócios, o primeiro-ministro não revelou nada do Chefe de Estado e “conforme conversa que existe sempre com o conhecimento de todos os envolvidos”, relata fonte conhecedora.

O Negócios sabe que Mário Centeno concorda em pensar nessa possibilidade caso surja uma opção seguida por Marcelo Rebelo de Sousa para substituir António Costa no cargo de governador com uma profunda reformulação da composição governativa. Na quinta à noite, à entrada da comissão política do Partido Socialista, Costa explicou que apresentou o nome de Centeno a Marcelo para entender que ““O país não merecia ser nomeado novamente para as eleições.” Costa revelou que a ideia de convocar eleições partiu do próprio presidente, uma vez que o secretário-geral do PS sugeriu o nome de Mário Centeno como novo líder. do governo.

“A solução indicada para o PS foi apresentar uma personalidade com forte experiência governamental, respeitada e admirada pelos portugueses, com forte prestígio internacional, que foi o professor Mário Centeno, mas o Presidente da República entende que, o melhor de “O corte A solução mais avançada, um governo forte e renovado, seria optar por eleições antecipadas”, disse o Primeiro-Ministro.

É certo que, à medida que os Assuntos avançavam, a solução de Centeno para a sucessão de Costa não agradou ao Presidente da República, tal como na primeira fase debateu o nome do governador com António Costa. Foram muitas as dúvidas dos gerados à frente do Chefe de Estado, do saber ou do empresarial, sobre tal opção política em termos de legitimidade política, especialmente depois de Marcelo ter ter apontado, na altura da posse do actual Executivo, que quando Costa saísse voltaria à palavra ao povo. Tal como noticiou o Negócios, o Presidente da República considerou que a ideia não é adequada para a marcha, a começar pelo facto de Mário Centeno não ser militante do PS, surgiram dúvidas se isso não acabaria por acontecer ou mesmo se aconteceu com Santana Lopes quando este substituiu Durão Barroso, em 2004.

Partidos questionam posição de Centeno

Vários partidos políticos têm vindo a questionar se o governador do Banco de Portugal foi ou foi escolhido para uma possível solução para a sucessão de Costa não governando, sem dissolução.

O PSD foi o primeiro a manifestar críticas, através do líder da magistratura parlamentar, Joaquim Miranda Sarmento. Durante a conferência de líderes, na Assembleia da República, o representante social-democrata sublinhou que “o Banco de Portugal deve ser independente e imparcial”. “Lamentamos profundamente que se a indicação e o anúncio do próprio governador tenham sido feitos, isso mostra como o governador é um agente político e não tem independência do poder político”, disse Miranda Sarmento.

Rodrigo Saraiva, da Iniciativa Liberal, também criticou a proposta socialista, anunciada durante a quinta-feira pelo próprio primeiro-ministro, dizendo que a saída de Centeno do Banco de Portugal para um governo seria “uma espécie de forma rotativa plana-ineficaz”. A expressão também foi usada pela líder do PAN, Inês Sousa Real, que respondeu à apresentação de uma solução que consistiria em “fechar as portas”.



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Suzana Leite

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