Os médicos espanhóis e portugueses fazem uma leitura semelhante da sua situação profissional e das suas perspectivas futuras. Ambos os grupos geralmente acreditam que é preciso fazer mais incentivos para “reter” profissionais da esfera pública, especialmente em áreas como Família; e que o atual modelo básico de jornada de trabalho de pelo menos 37,5 horas semanais tornou-se obsoleto. Mas, além disso, os médicos do país vizinho colocaram sobre a mesa uma série de exigências que o Confederação Nacional dos Sindicatos Médicos (CESM) considera que podem ser “totalmente” extrapolados para o sistema espanhol. Entre eles, aquele cônjuges de um casal de funcionários públicos tem a garantia de residir no “mesma área geográfica”.
Esta não é uma questão menor, visto que o processo de transferência de um funcionário público pode levar meses. Alguns esperam mais de um ano antes de saber o resultado da competição. Neste cenário, o Federação Nacional de Médicos (FNAM) de Portugal, que recentemente participou no II Conferência Hispanolusa organizada pelo CESM na vila de Chaves, estimou que “garantir a transmissão” do cônjuge enviar o médico (desde que também trabalhe na administração) para a mesma área geográfica constitui uma medida “indispensável”, por exemplo para acabar com a escassez de médicos nas zonas rurais ou a escassez de profissionais.
Nas palavras de Gabriel del Pozo, Secretário Geral do CESM, esta solução “facilitaria” também cobertura de vagas no sistema nacional de saúde (SNS) espanhol e merece ser “pesado”, embora ainda não tenha sido feito um pedido firme nesse sentido. “É uma medida que seria bem aceite e que encorajaria um médico a decidir ir a determinadas regiões na companhia do seu cônjuge”, sublinha.
O próprio Del Pozo salienta que em Espanha é actualmente possível reclamar o reunião de familiaembora seja uma licença de duração fixa.
Modificação do Estatuto-Quadro
O Secretário-Geral do CESM sublinha que o SNS poderia abordar cada uma das medidas que colocou em cima da mesa para incentivar a “assinatura” dos médicos em áreas com difícil cobertura. “Não são diferentes daqueles que já propusemos ao governo para o modificação do Estatuto-Quadromesmo que no final as denúncias não tenham sido refletidas pelo ministério”, esclarece.
Entre outras medidas, a confederação defende que o serviço de permanência localizado seja contabilizado no tempo de trabalho, bem como uma remuneração excecional “que se ajuste o mais possível a uma mensalidade ordinária da folha de vencimentos médicos”.
Além disso, o CESM “assume” as exigências dos médicos portugueses, que incluem também incentivos aos residentes que optem por formar-se em áreas ou especialidades necessárias, um o maior número de férias e orçamentos específicos para médico e estabelecimento familiar.
“O que está claro é que quando há melhorias no emprego fica mais fácil contratar médicos. “É preciso ter vontade de melhorar e implementar medidas que incentivem isso”, afirma.
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