Lá Sociedade Espanhola de Farmácia Hospitalar (SEFH) e a Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH) celebram a conferência “Reflexões sobre o novo contexto europeu e o papel dos farmacêuticos”, na qual reuniram farmacêuticos especialistas dos dois países para aprofundar os principais desenvolvimentos relativos ao quadro regulamentar europeu, ao trabalho multidisciplinar e ao desenvolvimento de ensaios clínicos. A sessão contou com a colaboração da Takeda e dá continuidade à iniciativa de um Fórum Ibérico de Farmácia Hospitalar que chega agora à sua segunda edição após o encontro de Lisboa em 2022.
O Fórum Ibérico de Farmácia Hospitalar abordou os desenvolvimentos em torno do quadro regulamentar europeu, da multidisciplinaridade e da investigação.
Patrícia Cavaco, presidente da APFH (Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares), indicou que “está a ocorrer uma mudança na avaliação dos medicamentos e uma modificação nas avaliações graças ao trabalho conjunto dos Estados-Membros a nível europeu. Nesse sentido, acho importante começar pelos tratamentos oncológicos”.
Avaliação de medicamentos
Por sua vez, César Hernández, Diretor Geral da Carteira Conjunta de Serviços do Sistema Nacional de Saúde e Farmácia, participou do bloco inicial sobre regulação. Nesta mesma mesa, Rui Santos Ivo, Presidente da Agência Portuguesa do Medicamento (Infarmed), explicou os desafios que enfrentamos na harmonização dos países membros. No que diz respeito à reforma da legislação farmacêutica europeia, sublinhou a importância de ajudar a garantir que os cidadãos beneficiem dos melhores cuidados de saúde.
Foi sublinhada a importância de ajudar a garantir que os cidadãos beneficiem dos melhores cuidados de saúde.
Eventualmente, João Paulo Cruz, do Centro Hospitalar Lisboa Norte, discutiu o conceito de “dados do mundo real”, listando áreas ainda em desenvolvimento em termos de dados como medicamentos, hospitais ou históricos de pacientes. Além disso, enfatizou que a necessidade de recolher dados é importante para colmatar a lacuna entre o que é recolhido no EECC e a prática clínica real, uma vez que são necessárias evidências de qualidade.
Jordi Nicolas, vice-presidente da SEFHficou encarregado de moderar o segundo painel do dia durante o qual Patrícia Cavaco enfatizou a importância de abordar o tratamento do paciente levando em consideração as comorbidades e tendo em mente as interações com outros medicamentos. “Tentamos minimizar os custos associados aos medicamentos e melhorar a adesão do paciente ao tratamento, focando também na educação do paciente. “Por sua vez, Helena Lobato do HGU Gregorio Marañón, apresentou o trabalho multidisciplinar no tratamento de terapias imunomediadas por meio do Ceimi (Centro de Atendimento Integrado a Pacientes com Doenças Inflamatórias Imunomediadas), um modelo inovador e multidisciplinar que envolve o paciente.
Novos ensaios clínicos
O dia terminou com a mesa de debate sobre o EECC moderada por Estela Moreno por Gédéfo. Por sua vez, Florbela Braga do IPO do Porto Francisco Gentil explicou a nova ferramenta de pesquisa do EECC, aberta para que o paciente possa consultar o estado do ensaio quando quiser (Ipoporto). Além disso, Maria Perayre do ICO de l’Hospitalet, relatou a complexidade de certos ensaios clínicos em termos de especificidade e compatibilidade de materiais e formas farmacêuticas menos práticas, afirmando que “quanto mais padronizado for um processo, menos erros serão cometidos”.
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