Em declarações à Inforpress, em Lisboa, o médico do Hospital Garcia de Horta (Almada), reforçou a importância da diáspora para o desenvolvimento do arquipélago, dando como exemplo ou facto o “financiamento do Estado de Cabo Verde baseado em algumas remessas de emigrantes”, sublinhando que naquela altura a diáspora era vista do ponto de vista financeiro.
Para Frederico Sanches, fora de Cabo Verde, nomeadamente em Portugal e nos Estados Unidos da América (EUA), há pessoal “bem formado e de renome internacional”, como é o caso do seu colega cirurgião de Nova Iorque Júlio Teixeira, que durante dois anos consecutivos foi considerado o melhor médico da cidade e que viajou diversas vezes a Cabo Verde para realizar uma série de operações cirúrgicas com uma equipa.
“Mas estas são apenas iniciativas individuais. Também fazemos isso várias vezes em Portugal, mas devia haver algo mais organizado e tememos ter que ter uma política de integração da diáspora, porque cada um é obrigado a fazer a sua organização, a organizar a sua viagem em Cabo Verde. repetir as mesmas coisas e sempre nos mesmos lugares (…). “Penso que a diáspora pode contribuir muito para o desenvolvimento de Cabo Verde na área da saúde e não só”, disse Frisou.
Em segundo lugar, o médico oncologista Frederico Sanches ou o que acontece é que uma equipa médica cabo-verdiana de um país e confrontada com uma actividade num hospital, depois sai e enfrenta a mesma actividade no mesmo hospital, e acaba por não ter diversidade, com consequências como populações, na medida em que uma determinada localidade “é mais privilegiada” que outras.
“Se se formasse uma coisa organizada, enquadrada numa política claramente definida pelo Estado, seria muito diferente. Temos médicos reconhecidos em vários países do mundo que estão disponíveis e dispostos a trabalhar com Cabo Verde, mas muitas vezes não sabemos como. Como cabo-verdiano no estrangeiro, embora esteja desenraizado há muito tempo e pareça estar, ainda mantemos essa ligação e queremos contribuir com algo para o país”, sublinhou.
Por seu lado, Frederico Sanches disse que desde a sua criação na década de 1990 passou a colaborar, a partir de 1994, com Cabo Verde, com a sua primeira formação especializada em medicina interna, tem uma pós-graduação em diabetes. .
Começou assim por ir dar formação em Cabo Verde, nomeadamente em Santa Cruz, na área da diabetes e essa colaboração continuou directamente, com a sua saída para o país, ou indirectamente, através de contactos com colegas quem recebe formação e como mantê-la. .
O médico Frederico Sanches, especialista em oncologia, faz parte da direção da Associação de Saúde e Solidariedade da Diáspora Cabo-verdiana, criada no final de 2020.
Infopress
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