O Governo da Estremadura considera que se entrega demasiada água a Portugal e é a favor da renegociação do Acordo de Albufeira que regula a transferência dos caudais dos rios que atravessam os dois países, ao mesmo tempo que salva a velha ideia de realizar uma transferência dentro da Comunidade entre o Tejo e o Guadiana.
Por outro lado, o Governo da Estremadura PP-Vox pretende recuperar os projectos das barragens de Golondrón, Piedraecripta e Las Cruces para abastecer as zonas irrigadas da Estremadura na bacia do Guadiana.
Ele diretor geral de infraestruturas rurais, património e touradasJosé María Sánchez Cordero, apelou a uma comissão parlamentar da Assembleia da Extremadura para recuperar os projectos “empoeirados” de três barragens, para os quais seria necessário procurar financiamento para aumentar a capacidade do reservatório de água.
São os reservatórios Golondrón, Piedraecripta e Las Cruces.
Sánchez Cordero, que compareceu perante a comissão para responder a uma pergunta da Unidas por Extremadura, não considera “justo” o grande caudal de água que chega à albufeira portuguesa de Alqueva proveniente da Comunidade.
“Há água”, sublinhou o diretor-geral, que optou pela transferência do Tejo para o Guadiana e pela denunciar o acordo de Albufeira sobre a utilização das águas de língua espanhola.
Ele a transferência do Tejo para o Guadiana já estava prevista há 30 anos com a grande seca do início da década de 1990 que terminou com a chegada de chuvas abundantes em Novembro de 1995.
A porta-voz da Unidas por Extremadura, Irene de Miguel, alertou que com a baixa pluviosidade, a construção de novas barragens levaria a mais pântanos vazios.
Ele defendeu a necessidade de fazer um esforço modernização da irrigaçãoque se encontra nas “camadas”, para torná-las mais rentáveis e mais eficientes no uso da água.
Neste sentido, sublinhou que o Canal Orellana está a sofrer perdas “escandalosas” e ainda assim o Conselho afirma que “Portugal não rouba água”.
Segundo ele, devemos olhar mais para o chão e não para o céu para reter água.
ánchez Cordero defendeu os novos sistemas de irrigação porque agricultura de sequeiro “é uma tragédia“, dando continuidade aos atuais investimentos de acordo com os critérios definidos pela União Europeia, para a utilização de energias renováveis em bombas de acionamento, a introdução de novas tecnologias ou a implementação da digitalização, entre outras medidas.
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