Mourinho: ‘É o melhor momento da história de Portugal graças à profundidade e qualidade da equipa’

O treinador turco do Fenerbahçe, José Mourinho, optou pelo ‘jogador completo’ Harry Kane como melhor marcador do Euro 2024, embora tenha lamentado que ‘só lhe faltem troféus’ como profissional, ao mesmo tempo que sublinhou que Portugal atravessa o “melhor momento” da sua história a nível da selecção nacional graças à “profundidade e qualidade do pessoal”, para que “posse vencer” o torneio continental. “Não quero desrespeitar as gerações anteriores que tivemos, mas em termos de profundidade e qualidade da equipa, estamos provavelmente no melhor momento da nossa história e Portugal pode vencê-lo”, disse o português como Embaixador da Topps. O treinador analisou que ganhar ou não o troféu do EURO “é ter confiança, acreditar que se pode vencer qualquer um”. “Não quero dizer que Portugal é a melhor equipa, mas Espanha, França, Inglaterra ou Alemanha não são melhores”, explicou. “O melhor problema para um treinador é ter que escolher com quem jogar, porque são dois laterais-direitos altos, dois laterais-esquerdos altos, dois médios altos, e só digo dois porque há um plantel de 23 jogadores, mas haverá mais bons jogadores em Portugal que serão excluídos da equipa”, disse sobre o trabalho de Roberto Martínez. Para Mourinho, França e Alemanha são candidatas porque “estão sempre bem” neste tipo de torneio, mas “Portugal e Inglaterra estão melhores do que nunca”. “Não tenho certeza sobre a Espanha, mas o futebol que praticam e os jogadores que possuem são de grande qualidade. Itália ou Bélgica seriam uma surpresa”, analisou. Além disso, destacou a figura de Harry Kane, chuteira de ouro da Copa do Mundo 2018, para quem previu um grande torneio na Alemanha, após excelente temporada de gols pelo Bayern de Munique. “Kane marcou gols pelo Tottenham, pela Inglaterra, e eu não tinha dúvidas de que ele faria gols pelo Bayern”, disse ele. “Harry é um jogador fantástico e completo, que marca gols em todo o campo, mas não é egoísta: dá assistência, vai fundo, constrói o jogo, pressiona, defende. “Meu jogador no Tottenham e eu íamos ganhar uma com ele, mas me demitiram seis dias antes da final”, lembra.

Marciano Brandão

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