O Eleições portuguesas, que teve lugar no passado domingo, 10 de março, representou uma verdadeira mudança radical para as forças do Parlamento Nacional face aos anos anteriores. Depois de oito anos com o socialista António Costa à frente do governo, estas eleições, onde se estima que votaram mais de 10 milhões de portugueses, trouxeram uma verdadeira mudança na distribuição de assentos, deixando um ligação entre as duas primeiras forças do país português.
Se a contagem não for completada pela recontagem dos votos estrangeiros, o 99,01% de escrutínio deixou uma ligação técnica entre o Partido Socialista (PS) de Portugal, liderado por Pedro Nuno Santose a coligação de centro-direita Aliança Democrática (AD), liderada por Luís Montenegro. Os dois partidos, separados por muito poucos votos e assentos, arriscaram o futuro político do país durante estas tão esperadas eleições.
Mas, com este resultado e a igualdade entre os dois principais partidos de direita e de esquerda, quem ganhou as eleições em Portugal? Que partido governará o país e que pactos podemos esperar com este resultado? Contamos-lhe tudo o que precisa de saber sobre as eleições portuguesas.
Quem ganhou as eleições em Portugal?
Com 99,01% dos votos apurados, o partido de centro-direita Aliança Democrática tornou-se o vencedor das eleições com o 29,49% dos votos E 79 lugares ─Acrescentam-se também os resultados da coligação PPD/PSD.CDS-PP na Madeira (0,86% e três assentos).─. Desta forma, a equipa liderada por Luís Montenegro alcançou um resultado histórico que poderá servir para a direita dirige o Parlamento regionalmente nos próximos anos.
Muito próximo deste resultado, no que é considerado um empate técnico, o partido Socialista com ele 28,66% dos votos (77 lugares), apesar do claro fracasso do partido de Pedro Nuno Santos. Os socialistas, que tinham acabado de obter mais de 40% dos votos em 2022 e 120 assentos, foram atingidos pelo alegado escândalo de corrupção que obrigou o primeiro-ministro português, António Costa, a demitir-se em novembro passado.
O grande vencedor da noite foi o jogo de Chega, extrema-direitacom André Ventura como líder, que se estabeleceu como a terceira força política no Parlamento português. O escrutínio até agora deu-lhe a 18,06% dos votos E 48 lugares, com mais de um milhão de votos de acordo com os dados mais recentes. O partido consegue assim triplicar o seu resultado face às eleições legislativas de 2022, onde conquistou 12 assentos e 7,18% dos votos.
Os três principais partidos são seguidos por Iniciativa liberal (5,08% e oito deputados), o Bloco esquerdo (4,46% e cinco deputados), o Coalizão Democrática Unitária ─aliança de comunistas e ecologistas─ (3,3% e três deputados), o partido de esquerda Livre (3,26% e quatro deputados) e ativistas pelos animais de PÃO (1,93% e um deputado).
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Partido Socialista (Pedro Nuno Santos): 28,66% – 77 assentos
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Aliança Democrática (Luís Montenegro): 29,49% – 79 assentos
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Chega (André Ventura): 18,06% – 48 lugares
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Iniciativa Liberal: 5,08% – 8 cadeiras
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Bloco de esquerda (Mariana Mortágua): 4,46% – 5 assentos
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Coalizão Democrática Unida (Paulo Raimundo): 3,3% – 3 cadeiras
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Livro (Rui Tavares): 3,26% – 4 lugares
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PD/PSD.CDS-PP: 0,86% – 3 cadeiras
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PAN (Inés Sousa): 1,93% – 1 lugar
Eles ainda estão desaparecidos atribuir quatro assentos que são escolhidos no círculos eleitorais no exterior e que não serão conhecidos por algumas semanas. “Hoje não saberemos o vencedor final”, confirmou Costa durante a noite eleitoral, referindo-se a esta contagem final de votos que poderá demorar vários dias a ser anunciada.
Quem governará em Portugal após o resultado eleitoral?
Enquanto se aguarda a confirmação dos resultados finais das eleições, o que poderá demorar dias, tudo indica que a direita vai governar em Portugal depois de vários anos de governos de esquerda. Isto foi confirmado pelo candidato socialista, Pedro Nuno Santos, que declarou que iria liderar a oposição: “Apesar da diferença tangencial entre nós e a AD, sem subestimar os votos dos círculos eleitorais das nossas comunidades, tudo indica que O resultado não permitirá que o PS seja o partido com mais votos“, garantiu durante o seu comparecimento após as eleições.
No entanto, este resultado próximo, sem maioria absoluta para nenhum dos dois principais partidos políticos, deixa um futuro incerto para Portugal. A Aliança Democrática tentará Junte-se à Iniciativa Liberalainda que para obter a maioria necessária e formar governo, o Montenegro terá de celebrar um acordo com o Chega, que já recusou, especificando que Eu não concordaria com a extrema direita.
Muito diferentes foram as declarações do líder da extrema-direita portuguesa, André Ventura, que insistiu na possibilidade de formar um governo: “A AD pediu maioria e os portugueses responderam que essa maioria é a da AD e do Chega. Seria irresponsável se não houvesse sindicato. Somos responsáveis (…) Somos todos chamados a esta alternativa”, frisou, assegurando que “haverá uma sólida maioria de direita”.
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