A presença da água-viva Physalia physalis, mais conhecida como fragata portuguesa, nos últimos dias obrigou ao hasteamento da bandeira vermelha em diversas praias do nosso país devido à sua perigosidade.
No domingo foi noticiado o encerramento e proibição de entrada de 11 praias da costa nacional, devido à presença do navio de guerra português, mais conhecido como fragata portuguesa. Estão nas regiões de Coquimbo e Valparaíso.
A Secretaria Regional Ministerial de Saúde (Seremi) da Região de Valparaíso decretou que a partir de sábado, 11 de fevereiro, após a observação desta espécie em diferentes praias, serão proibidas atividades recreativas e natação em seis estâncias termais do litoral.
Região de Valparaíso
- Praia de Acapulco (Viña del Mar).
- Praia de Zapallar.
- Praia de Cachagua (Zapallar).
- Praia El Golf (Zapallar).
- Praia Las Cujas (Zapallar).
- Praia de Coirones (Zapallar).
Região de Coquimbo
- Praia Quatro Cantos (La Serena).
- Praia de Peñuelas (Coquimbo).
- Praia La Herradura (Coquimbo).
- Guanaqueros da longa praia (Coquimbo).
- Praia de Pichidangui (Coquimbo).
A Autoridade Marítima fiscalizará o cumprimento da medida junto aos municípios correspondentes a cada estação, além do Ministério da Saúde da região. Somente atividades extrativas e produtivas podem ser realizadas.mas com cautela, até que a autoridade sanitária determine.
Este tipo de “falsa água-viva” (na verdade é um organismo colonial cujos indivíduos se especializam em manter viva a colónia) possui uma bóia gasosa que lhe permite navegar, dependendo das correntes ou graças ao vento, na superfície do. mar. Este flutuador em forma de vela, daí alguns dos seus nomes, é de cor azulada no topo e dele emergem finos tentáculos, que podem medir 50 metros de comprimento.
Esses tentáculos são cobertos por cápsulas venenosas que podem paralisar e matar peixes e outras pequenas criaturas que se alimentam deles. A picada em humanos causa queimaduras e dores intensas, e às vezes consequências ainda mais graves, principalmente em crianças, idosos e pessoas com problemas de saúde, como infecções ou alergias, mas raramente foram relatados casos de infecção.
As autoridades lembram-nos que devemos ter muito cuidado com eles, mesmo que sejam encontrados mortos na costa, porque o seu veneno permanece activo mesmo quando permanecem inertes.
O Ministério da Saúde estabelece que em caso de picada o interessado deve lavar-se imediatamente com água do mar e retirar os restos de tentáculos caso existam, evitando o contacto direto com os mesmos. Além disso, não aplique vinagre ou água doce, nem esfregue ou raspe a pele com areia ou toalhas. Depois dirija-se ao centro de saúde mais próximo.
Aqui estão algumas recomendações para evitar ser mordido:
- Não subestime a situação. A única forma de evitar picadas é não nadar, mesmo nas margens das praias fechadas pelas autoridades.
- Nunca toque nas águas-vivas, mesmo nas que estão presas na areia, ou nos seus fragmentos, pois o seu poder picante persiste, mesmo que estejam mortas.
- Esteja atento e siga as instruções e avisos existentes na praia (sistemas de som, cartazes, sinalização, bandeiras, etc.) ou difundidos nos meios de comunicação social.
- Se forem avistadas águas-vivas e não houver aviso, informe a estação de monitoramento mais próxima ou as autoridades locais.
- Usar protetor solar pode reduzir o risco de picadas, mas não as previne completamente.
- As crianças são particularmente sensíveis: observe-as, ensine-as e nunca dê banho nelas.
Como agir em caso de mordidas
- Não coçar ou esfregar a área afetada, mesmo com toalha ou areia, isso só ativará os cnidócitos restantes devido à pressão.
- Lavar a área com soro fisiológico, na sua falta com água do mar, certificando-se de que não contém fragmentos de tentáculos, mas nunca com água doce.
- Não aplique amônia, urina ou vinagre.
- Se não conseguir chegar a uma unidade de cuidados primários, remova quaisquer restos de tentáculos presos à pele com uma pinça; Caso contrário, um objeto com bordas finas pode ser usado.
- Para aliviar a dor, aplique gelo frio de forma intermitente por cerca de 5 a 15 minutos, sem esfregar e evitando o contato direto do gelo com a pele.
- Nunca aplique calor ou exponha a área afetada à luz solar.
- Em caso de ferida, é aconselhável aplicar um anti-séptico três vezes ao dia, até a cicatrização da ferida.
- Dirija-se ao posto de salva-vidas da praia ou centro de saúde mais próximo.
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