O partido de extrema-direita Chega, cuja ascensão marca as eleições, quadruplica o número de deputados
A coalizão Aliança Democrática (AD) a centro-direita venceu as eleições realizadas este domingo em Portugal. Embora não tenha apoio suficiente para governar sozinho, o partido de extrema-direita Chegaque quadruplicou o seu número de deputados, propôs apoiar um governo de direita.
Os resultados oficiais, com o contagem já feitaconfirmar as previsões das pesquisas de boca de urna com uma vitória para o AD (29,49 por cento e 79 assentos), enquanto o Partido Socialista (PS) obteve 28,66 por cento e 77 assentos.
A terceira força política é o Chega (Basta) com 18,06 por cento e 48 assentos, muito à frente da Iniciativa Liberal (5,08 por cento), do Bloco de Esquerda (4,46 por cento), da Coligação Democrática Unitária Comunista (CDU, 3,3 por cento), Livre (3,26 por cento), por cento). por cento), o PAN ambientalista (1,93 por cento) e a Alternativa Democrática Nacional (1,63 por cento).
A AD não obtém os 115 assentos na Assembleia Nacional que lhe permitiriam governar sozinha, mas com o apoio do Chega ultrapassaria esse mínimo ao registar 127 assentos.
“Não negocie com a extrema direita”
Ele candidato da Aliança Democrática (AD), o conservador Luis Montenegrodo Partido Socialista Democrático (PSD) de Portugal, que declarou após tomar conhecimento dos resultados ter “expectativas fundadas” de que o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, lhe peça para formar governo, garantiu que cumpriria o seu compromisso de não negociar com a extrema direita.
Por sua vez, o candidato a Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, Aceitou a derrota e felicitou o rival, antes de anunciar que “estará na oposição”, sem permitir que o Chega assuma essa responsabilidade. Ele também reconheceu que a extrema direita alcançou “um resultado impressionante que não pode ser ignorado”.
O secretário-geral do P.Partido Social Democrata (PSD), Hugo Soaresdeclarou pouco antes que “os resultados projetam um dos piores resultados históricos para a esquerda e uma vitória para o AD”. O PSD é o partido que lidera a AD, acompanhado pelo Partido Centro Democrático e Social-Popular (CDS-PP) e pelo Partido Popular Monarquista (PPM).
Chega insiste em formar governo
No entanto, o líder do Chega, André Venturainsistiu na possibilidade de formar governo: “A AD pediu maioria e os portugueses responderam que essa maioria era a da AD e do Chega. Seria irresponsável se não houvesse sindicato. Somos responsáveis (…) Somos todos chamados a esta alternativa”, sustentou.
Ventura sublinhou assim que foi uma “noite histórica” que “pôs fim ao sistema bipartidário em Portugal” e “haverá uma sólida maioria de direita”.
Questionado se já tinha falado com o líder do PSD, Luís Montenegro, Ventura pediu tempo. “Ainda é cedo hoje. Amanhã seria bom começarmos a falar de orçamentos”, frisou.
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