A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) eliminou a polémica regra que limitava as perguntas que os jornalistas podiam fazer após um jogo considerando que era inconstitucional e restringia a liberdade de imprensa. A decisão foi anunciada hoje pelo Conselho Disciplinar da FPF em comunicado de imprensa, uma semana depois da polémica gerada pela abertura de um processo disciplinar a um jornalista por uma questão colocada ao treinador do Sporting de Portugal, Ruben Amorim.
“Que comentário merece Slimani, que Rúben Amorim não queria que ele jogasse porque preferia Paulinho no onze inicial?”, questionou Rita Latas, do canal SportTV, na entrevista ao pé do relvado com o treinador do Sporting após jogo com o Desportivo de Chaves. Latas estava se referindo a um comentário escrito há poucos dias no Twitter pelo argelino Islam Slimani, que acaba de mudar o clube do Verdiblanco para o Brest.
O evento foi registrado nos minutos de jogo e FPF abriu um processo disciplinar para o jornalista, já que o regulamento proíbe fazer perguntas não relacionadas à partida que acabou de terminar em entrevistas em campo. A decisão gerou polêmica no país, onde até o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva – que tem tutela sobre o esporte – considerou que limitou a liberdade de imprensa e insistiu que “os jornalistas são, por definição, livres para fazer perguntas que entendem”.
Uma semana depois, a FPF decidiu deixar de aplicar o artigo”,por restringir a liberdade de imprensa em nome da proteção de valores inconstitucionaisprincipalmente os interesses patrimoniais do promotor do evento esportivo e das operadoras de transmissão de televisão”.
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