Nike ‘esfrega as mãos’ para lucrar com a mania de tênis do México

O gerente geral da Nike México explica que a marca não era tão forte no país como agora, e que isso está ligado ao fato de que antes o sportswear não tinha tanta importância e era mais um bens. Mas agora o sportswear e o calçado invadiram as passarelas e irromperam em contextos completamente diferentes, gerando novos estilos de vestuário, como o informal mas elegante, que combina roupas formais com roupas mais casuais.

A Nike encontrou nas colaborações uma maneira de capitalizar essa tendência e se conectar com o consumidor. Para o gerente geral da marca no México, as colaborações com personagens como Billie Eilish ou J. Balvin também foram uma porta de entrada para tênis saem dos campos na rua e passam a fazer parte do cotidiano de quem os utiliza.

A música e o entretenimento sempre tiveram uma forte influência e é por isso que empresas de calçados como a Nike e sua concorrente Adidas se apegam ao marketing de celebridades na música e no esporte profissional, para lançar produtos que tendem a ter um preço mais alto em relação aos produtos sazonais.

Bueno prevê que essa tendência se intensifique nos próximos meses, em meio ao furor que será causado por eventos como a Copa do Mundo no Catar, que começa em 20 de novembro, e que será uma boa vitrine para a Nike, que patrocina 10 equipes, incluindo Brasil, França, Portugal e Inglaterra.

“Nascemos no esporte, mas ao reintroduzi-los (tênis) para os consumidores, eles assumem um novo visual, uma nova abordagem aos clássicos. As colaborações de marca são uma homenagem ao nosso senso de marca no esporte, uma homenagem aos nossos atletas e ao nosso passado”, diz ele.

Globalmente, no primeiro trimestre fiscal, a Nike registrou receita de US$ 12,7 bilhões, um aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas diretas da empresa aumentaram 8% para US$ 5,1 bilhões e as vendas digitais aumentaram 16%, de acordo com as finanças da empresa.

México: a corrida ganhou

A Cidade do México está entre as 12 cidades mais importantes para a Nike, junto com Nova York, Los Angeles, Londres e Paris, apesar de toda a coleção não chegar internacionalmente à capital mexicana.

O gerente geral da Nike México compartilha que eles relatam resultados positivos em todos os seus canais de vendas, desde suas próprias lojas, operadas pelo Grupo Axo, até canais digitais e lojas como Innovasport ou Invictus.

“Estamos em uma situação em que nunca estivemos. Ano após ano comemoramos que alcançamos o melhor ano de nossa história no México. Mantivemos um crescimento sustentado e robusto”, conclui.

Filipa Câmara

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