MADRI, 17 (EUROPA PRESS)
O terceiro lugar em Inglaterra 1966, onde Eusébio deslumbrou numa equipa só travada pelos anfitriões nas meias-finais, continua a ser a sua melhor posição de sempre num Mundial, algo que só a melhor geração do futebol português não conseguiu melhorar.
Após esse começo brilhante, eles levaram 20 anos para retornar a uma Copa do Mundo, no México em 1986, e mais duas décadas até o retorno à ação na Coréia e no Japão em 2002. Desde então, eles nunca perderam seu compromisso a cada quatro anos. .
Na Rússia 2018, os comandados de Fernando Santos conseguiram recuperar do fiasco do Brasil, onde foram eliminados na fase de grupos, chegando aos oitavos-de-final, mas o Uruguai rapidamente pôs fim à aventura do atual campeão da Europa (2-1) . . Na mesma jornada, mas do último Campeonato da Europa, também defrontaram a Bélgica (1-0).
No caminho para o país asiático, Portugal voltou a sofrer ao terminar no segundo lugar do grupo, atrás da Sérvia na fase de qualificação -apesar de ter sofrido apenas uma derrota em oito jogos-, embora não tenha tido dificuldades em vencer a Turquia (3-1) no jogo- off e Macedónia do Norte (2-0) na final das meias-finais. Mais uma vez, Cristiano foi o melhor marcador (6).
O craque madeirense, embora longe do seu melhor, com 37 anos, continua a ser a referência dos ‘tugas’. As suas aventuras no Manchester United, do qual foi separado esta época por indisciplina por Ten Hag e a quem acusou de o ter traído, não escondem o seu talento inato e a sua fome voraz, que o levaram a tornar-se no melhor marcador do campeonato. futebol da seleção nacional (117) em seus 191 compromissos internacionais.
No que parece ser sua última Copa do Mundo, a quinta da carreira, o ‘Bug’ quer elevar a fasquia e aumentar o número de gols em Mundiais (7). Sem dúvida, será a referência no ataque em um time com pólvora, como o de Rafael Leão, em sua melhor forma com o Milan; André Silva (Leipzig); Ricardo Horta (Sporting Braga); Gonçalo Ramos (Benfica) – melhor marcador da Primeira Liga – ou o atlético João Félix, pronto a justificar-se longe de Simeone.
Com Renato Sanches, Gonçalo Guedes, Rui Silva e o lesionado Diogo Jota como principais ausentes, o médio Bernardo Silva, do Manchester City, e Bruno Fernandes, do Manchester United, vão carregar o peso no meio-campo, com alternativas como o beticista William Carvalho, João Palhinha (Fulham) ou Rúben Neves (Wolverhampton), de uma equipa que não tem encontrado muitas substituições na defesa, onde o Santos luta para concretizar a transição.
Assim, os veteranos Pepe (39) e José Fonte (38) seguem numa defesa onde os “cidadãos” Rúben Dias e João Cancelo e o defesa do Paris Saint-Germain Nuno Mendes parecem ter o seu lugar assegurado ao lado dos antigos. madridista. Na baliza, o guarda-redes do Porto Diogo Costa bateu Rui Patrício.
BERNARDO SILVA, O MÁGICO PORTUGUÊS
Ele é talvez um dos meio-campistas mais cobiçados da Europa. Desde que ingressou no Manchester City no verão de 2017, Bernardo Silva se tornou um dos meio-campistas mais influentes e a chave para o sucesso da equipe de Pep Guardiola.
Dotado de uma excelente visão de jogo, usa a sua astúcia tanto no centro como nos flancos, com a bola a cravar-se no pé a cada drible, o que o levou na época passada a igualar o seu melhor registo de golos (13) em 50 jogos. com a camisa ‘azul celeste’.
Com os ‘tugas’, com quem conquistou a Liga das Nações em 2019, soma já 72 internacionalizações e oito golos, número que vai tentar aumentar na sua segunda aventura no Mundial.
FERNANDO SANTOS, O HOMEM TRANQUILO
Fernando Santos, o arquitecto do sucesso de França 2016 e da Liga das Nações 2019, vai enfrentar o seu sexto grande torneio com a ‘Selecção das Quinas’ com o objetivo de o reencontrar ao melhor enquanto tenta gerir uma transição forçada.
Após uma curta carreira como jogador, o engenheiro lisboeta iniciou a sua carreira no banco entre o seu país natal e o seu país “adotivo”, a Grécia. Porto, Benfica, Sporting Lisboa -onde conheceu o jovem Cristiano-, AEK Atenas, Panathinaikos e PAOK Thessaloniki foram os seus passos antes de embarcar no futebol da seleção nacional.
Em 2010, colocou em suas mãos a seleção grega, que conseguiu levar às quartas de final da Euro 2012 e às oitavas de final do Brasil 2014, antes de dar o salto para Portugal após a saída de Paulo Bento. A sua calma, a sua capacidade de coesão e o seu pragmatismo permitiram à seleção portuguesa realizar as suas maiores façanhas e tornar-se num dos principais rivais a bater.
FOLHA TÉCNICA.
– Participação em Copas do Mundo: 8 (1966, 1986, 2002, 2006, 2010, 2014, 2018 e 2022).
– Títulos: Nenhum.
– Melhor resultado: Terceiro (1966).
– Vencedores: Campeão Europeu em 2016.
-Como se classificou: Play-off contra a Macedônia do Norte.
-Calendário da primeira fase:
24/11 19:00 Doha Portugal – Gana.
28/11 22h00 Lusail Portugal – Uruguai.
02/12 18h00 Rayán Coreia do Sul – Portugal.
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