David Luna, senador pelo Partido da Mudança Radical, tornou-se uma das vozes mais envergonhadas pelas decisões do governo do presidente Gustavo Petro. Nesta quinta-feira, 15 de dezembro, o líder se lançou contra a reforma política que foi aprovada esta semana no quarto debate e cuja conciliação avança na Câmara dos Deputados.
“Esta manhã, enquanto os cidadãos dormiam, o rolo compressor do governo aprovou a conciliação da reforma política com o renegado Sim a porta giratória a bordo. A ‘mudança’ é pura história, eles só querem enfraquecer outros partidos e silenciar o Congresso”, escreveu o senador em sua conta pessoal no Twitter.
Segundo Luna, a reforma política de Gustavo Petro “Parece um zoológico, é cheio de macacos, orangotangos. A primeira delas: permitir que parlamentares troquem de partido como camisas é um desrespeito ao eleitor, ao cidadão, que escolheu um partido e vai acabar como deputado em outro”, afirmou.
A segunda, segundo Luna: “O ataque à divisão dos poderes. Que um membro do Congresso possa ser nomeado ministro é desrespeitoso com o eleitor porque o elegeram por quatro anos e, literalmente, ele vai jogar fora o cargo. Esta é uma ação do governo para comprar ou silenciar o Congresso.”
Justamente, o último artigo aprovado nesta semana no Legislativo leva nome próprio. Ou pelo menos foi assim que vários parlamentares o denunciaram, entre eles Hernán Cadavid, do Centro Democrático, que disse se chamar Roy Barreras. Eles garantem porque o presidente do Senado anunciou que se aposentará da Assembleia Legislativa em agosto de 2023 e gostaria de se tornar o embaixador da Colômbia em Portugal.
Luna se opôs veementemente à nova administração. Aliás, com argumentos, questionou a atuação da ministra de Minas e Energia, Irene Vélez. Ele também disse que o país não está indo bem.
“Desde o dia zero, o dia em que perdemos a eleição, eu disse que quando você ganha a eleição você governa, mas quando você perde você controla e nós perdemos é por isso que temos que controlar. Procuramos nos opor, não prejudicar. Apoiamos o bem e nos opomos ao mal. Defendi na frente do banco a necessidade de ser crítico. A bancada decidiu ser independente, posição que apoio, mas o que não deixará de acontecer é que a Cambio Radical pense e aja de acordo com seus princípios e crenças. Eles não vão nos calar, mesmo que o que estamos fazendo os incomode muito. Somos um partido unido, unificado, votamos em bloco nas decisões que tomamos, tomamos decisões com base no bom senso“, declarou, na época, em A SEMANA.
Em outra ocasião, garantiu que após a chegada de Gustavo Petro ao poder “a mudança se faz sentir, mas da burocracia”.
“Que desrespeito, agora os impostos colombianos vão ser gastos em um documentário sobre os 100 dias do governo de Gustavo Petro. “Você sente a mudança”, mas burocracia. Esqueceram que na campanha haviam prometido austeridade”, garantiu, na época, o senador do Cambio Radical.
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