MADRI, 4 de janeiro (EUROPA PRESS) –
Uma das imagens deixadas pelo retorno de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência do Brasil foi o gradual retorno da ex-presidente Dilma Rousseff à vanguarda da cena política do país, após vários anos de ostracismo e baixa popularidade imposta por seu processo de impeachment em 2016.
Dilma Rousseff é uma das faces mais conhecidas em todos os eventos ocorridos após a confirmação da vitória de Lula da Silva no segundo turno, em 30 de outubro, chegando a ser aplaudida de pé durante a posse dos novos ministros que prestou juramento.
Um gesto que no Brasil é entendido como uma espécie de reconhecimento pelos maus momentos pelos quais passou alguns anos atrás, após sua saída abrupta da presidência brasileira, com alguns ex-rivais políticos reconhecendo que erraram ao votar a favor dessa demissão .
“Sua presença aqui neste ato, conforme foi recebido, é uma reparação histórica pelas injustiças que sofreu”, declarou na última segunda-feira o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, durante sua posse, enquanto elogios a Dilma Rousseff e vaias eram ouvidos em Rousseff. um dos mais atuantes nesse julgamento político, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Na terça-feira, foi o novo secretário de comunicação social, Paulo Pimenta, quem se pronunciou em termos semelhantes logo que assumiu o cargo e denunciou que Dilma foi vítima de uma “injustiça histórica”. Palavras que agradeceu mostrando o ex-presidente que se disse “muito emocionado”.
A figura de Dilma Rousseff foi reconhecida e aplaudida até nas cerimônias de posse às quais ela não compareceu, como a do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira – que já esteve em seu governo na mesma pasta -, que relembrou esse julgamento político como um “processo doloroso que deixou vestígios”.
Desde que Rousseff surgiu como um rosto visível na campanha de Lula da Silva, sempre houve especulação sobre se ela teria um cargo no novo gabinete. Embora o já presidente brasileiro tenha descartado tanto sua presença quanto a de outros “históricos”, ao longo desses meses teve que voltar a outras declarações anteriores.
Assim, desde a direção do Partido dos Trabalhadores (PT), como aponta a mídia brasileira, há partidários de que Dilma poderia ser nomeada embaixadora do Brasil em Portugal ou na Argentina, embora também haja temores de que a iniciativa seja derrubada pelo Senado. , que é responsável pela aprovação dessas nomeações.
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