Lisboa, 12 Jan (EFE).- O governo de Portugal questiona a legalidade das greves dos professores do ensino público que o país se arrasta desde o início do ano e decidiu interpelar várias entidades, entre as quais o Ministério Público , para analisar o contexto dos protestos, que já atingiram milhares de estudantes.
O Ministério da Educação português confirmou hoje à EFE que solicitou o “parecer jurídico” ao Conselho Consultivo do Ministério Público “sobre a legalidade da forma de execução das greves dos professores em curso” convocadas pelo Sindicato de todos os Professores de Educação (STOP) e o Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE).
Ele também buscou uma opinião do Centro Estadual de Competência Jurídica (JurisApp), acrescentou a agência.
Os sindicatos organizadores, que mobilizaram várias greves parciais e rotativas em todo o país, defenderam a legalidade dessas manifestações.
Milhares de professores em todo o país aderiram às greves promovidas pelos principais sindicatos do setor desde os últimos 3 dias contra a proposta do executivo do socialista António Costa de alterar o mecanismo de recrutamento e mobilidade dos professores.
Esta proposta responde às negociações abertas com os municípios sobre a transferência de competências em educação, que incluem a criação de conselhos locais de diretores com poder de escolha de professores.
Manifestações nas ruas e concentrações em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa, acompanham as greves que os sindicatos pretendem manter até ao início de fevereiro.
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