A importância do multiculturalismo

O que é multiculturalismo? Comecemos por definir este conceito que cada vez mais, e graças a Deus, não só une o mundo, como também apaga essas absurdas fronteiras mentais que o homem criou sem sentido e que têm gerado tantos problemas como as desigualdades, o racismo e a xenofobia.

O multiculturalismo é a existência de várias culturas que coexistem no mesmo espaço físico, geográfico ou social. Abrange todas as diferenças que se enquadram na cultura, sejam elas religiosas, linguísticas, raciais, étnicas, gastronómicas ou de género.

É também um princípio que reconhece a diversidade cultural existente em todos os campos e promove o direito a essa diversidade para o bem comum e o desenvolvimento humano.

O Panamá, sendo a ponte do mundo e o coração do universo, desde a sua origem esteve imbuído deste conceito e, como nação, também cresceu graças a ele, já que aqui vivem cidadãos de diferentes partes do mundo, mesmo desde sua fundação, descobriu a América.

Africanos, chineses, espanhóis, italianos, gregos, ingleses, portugueses, libaneses, holandeses, venezuelanos, colombianos, nicaraguenses, americanos, mexicanos, brasileiros, indianos, peruanos, japoneses, franceses… .

O positivo? Aproveitamos a sua riqueza cultural, gastronomia, idiossincrasia, língua, costumes ou tradições e, graças a esta multiculturalidade, há o mafá, o plantitá, o bom pão, o patí, a panela, walet, Arraiján, Espavé, winchilwaiper, Las Tablas, pollera, parking, millo ou pipoca, (escrita como costumamos dizer) cuara, camurça, peso, entre tantas outras palavras… palavras que hoje são tão panamenhas quanto multiculturais.

Nesse rico multiculturalismo, também crescemos economicamente e por meio de sonhos realizados, como o Canal do Panamá e sua expansão, a nação mantém essa ponte aberta para grandes negócios, oportunidades e sonhos que são forjados e projetados no futuro dia após dia.

Graças a esta multiculturalidade, existe um dos setores bancários mais fortes da região, uma zona franca, hotéis, propostas turísticas, cruzeiros, enfim, uma economia florescente e, para ser sincero, uma das melhores da região.

Além disso, e se quisermos vê-lo ainda mais positivamente, com o multiculturalismo misturado com a rica cultura panamenha e a idiossincrasia que o torna único, surgiram qualidades interessantes que poderíamos copiar em trabalhador, honesto, visionário e inovador e, como bem se diz no Panamá, “deixar ir”.

Um multiculturalismo saudável e positivo caracteriza-se por: Promover o respeito e a tolerância das diferenças, banir preconceitos e estereótipos associados, gerar convivência harmoniosa e criar trocas entre diferentes grupos. Neste último ponto, cria-se a interculturalidade.

Multiculturalismo e interculturalidade são dois conceitos inter-relacionados. O multiculturalismo defende a diversidade cultural, incluindo a interculturalidade. A interculturalidade refere-se especificamente à interação e trocas entre esses diferentes grupos e comunidades. Graças a eles temos uma Chinatown (para dar apenas um exemplo entre muitos).

Agora vamos falar sobre educação multicultural. Quando há a presença de grupos étnicos claramente diferenciados por motivos de cor da pele, língua materna, valores e comportamentos religiosos e, com tudo isso e outros elementos, diferenças socioeconômicas, surge a necessidade da educação especial para lidar com essas diferenças reconhecido.

Aplaudo as escolas que organizam um dia para todas as nações, um dia para as crianças irem com seus trajes típicos ou a comida de seu país de origem para compartilhar e ampliar horizontes e compartilhar culturas, porque eu digo a você, caro leitor, continue copiando estes modelos egoístas e cheios de falsos nacionalismos nada convidam, senão a ter uma visão limitada do mundo.

Incentivo a que mais escolas adiram a este tipo de atividade, assim como as universidades, porque não basta ter feiras gastronómicas de vez em quando, porque o intercâmbio cultural é permanente e existe há séculos.

Que bom que hoje nas escolas ensinam inglês, mandarim, francês, alemão, português, holandês e outro idioma que me escapa, porque cada vez mais o mundo, principalmente o mundo dos negócios, exige profissionais com pensamento e educação multiculturais, inovadores e atualizado.

Nada mais gratificante do que conversar com um profissional sobre arte, cultura, música, política, ciência, negócios, religião, entretenimento, enfim, falar de tudo graças ao fato de dominar, nutrir e expandir sua educação através do multiculturalismo. .

Tenho grandes amigos que têm filhos e parceiros de outras nações, eles entendem o quanto é importante e necessário fazer crescer nossa cultura, misturá-la, respeitá-la e compartilhá-la com os outros, e sabem perfeitamente que a América Latina, como tal, é rico e único graças a esta situação. .

Termino com um trecho de Imagine de John Lennon: “Imagine que não há posses. Eu me pergunto se você pode. Não há necessidade de ganância ou fome. Uma irmandade humana. Imagine todas as pessoas compartilhando o mundo inteiro…”

Suzana Leite

"Estudioso de viagens do mal. Totalmente viciado em café. Escritor. Fanático por mídia social. Estudante amigo dos hipsters."

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