A maior região do país vizinho é também uma das maiores produtoras de vinho. Exploramos o seu interior entre vilas fortificadas, castelos altos, caves centenárias, piqueniques entre as vinhas e degustações originais.
O seu próprio nome já indica claramente onde se situa: para além do Tejo. E este é o significado de Alentejo, a maior região de Portugal. Mais de 30.000 km2 moldam-se à vontade no centro-sul do país, entre o referido rio e o Algarve, entre as fronteiras da Extremadura e Huelva e a imensidão atlântico, onde cairá. A maior área, certamente (um terço do território português), mas também a menos povoada (7% da população) e o mais injustamente incompreendido, até mesmo pelos nossos próprios vizinhos. E ainda mais para os espanhóis. Grande erro que, aos poucos, vai sendo corrigido graças aos infinitos atrativos que este terreno rústico, luminoso e cativante cheio de cidades medievais, castelos altos, pastagens de oliveiras, sobreiros e azinheiras, fazendas de gado, hotéis charmososVestígios neolíticos, romanos e árabes, quintas históricas, vinhas ancestrais, uvas antigas…
Não é em vão, é um dos principais áreas vitivinícolas do país, com três itinerários em torno desta bebida (o de San Mamede, no norte, o histórico no centro e o do Guadiana, no sul) e um Denominação de Origem Controlada, Alentejo, que abrange oito áreas geográficas: Portalegre, Borba, Redondo, Reguengos, Vidigueira, Évora, Granja/Amareleja e Moura. Sem esquecer o Feira de vinhos Vinipax, que se celebra em Beja. É toda esta face do enoturismo que vamos explorar nestas linhas através de uma visita ao dentro da região. Deixamos suas margens para outra ocasião.
Começamos por um dos mais conceituados hotéis vínicos de Portugal: Torre de Palma, perto da vila de VaiamonteNo coração de Alto Alentejo (então haveria a Central e o Bajo). Imersa no campo ao longo de 17 hectares, a sua história começa com a da família romana Basilii, que viveu no Sítio arqueológico anexa ao complexo cultivando azeite e vinho, além de abrigar comerciantes que se deslocavam por todo o império. Este modo de vida define a essência deste hotel vínico luxo, cuja torre que lhe dá nome foi erguida em 1338.
Finalista do Prêmio Mies van der Rohe arquitetônico, possui 19 quartos, piscinas, spa, pomar, capela, centro equestre, vinhas e, claro, a adega. Aqui poderá não só provar os seus vinhos, mas também fazer um personalizado. “Na oficina de mistura de vinhos (lote de vinhos), combinamos caldos de diferentes cubas e barricas para obter a combinação ideal para cada um”, afirma a enóloga Sara Duque. A experiência termina no restaurante Palma, onde o chef Miguel Laffán (uma estrela Michelin) oferece um cozinha alentejana contemporânea fornecidos por fornecedores locais.
A mesma tendência continua em Az Zagaluma residência do século XV de origem árabe transformada em hotel comprar com charme em Casa Branca, uma bela cidade de 900 almas no concelho de Sousel que reproduz a arquitectura clássica local de fachadas caiadas. Aí, entre sequências paredes abobadadas, paredes revestidas de azulejos e muito esparto, pode devorar um Hambúrguer de carne bovina, faça combinações de comida e vinho, relaxe na piscina ou inspecione os arredores. De Marvão, com o seu ar medieval e a sua castelo fortificado, em Elvas e o maior aqueduto da Península Ibérica: 843 arcos com 31 metros de altura e 8,5 quilómetros de comprimento.
Já no Alentejo Central, o percurso passa Estremoz, lá cidade de mármore, e Évora, famosa pelos seus vestígios romanos, a começar pelo imponente Templo de Diana. Não deixe também de visitar a Sé Catedral, a rua comercial Cinco de Outubro e o Capela dos Ossos da Igreja de São Francisco, cujas paredes estão repletas de ossos e crânios humanos que pretendem transmitir a fragilidade da vida. Para o almoço, escreva Café alentejanouma antiga pousada convertida em um clássico da culinária onde seu Alma materRita Simão, homenageia a sua terra com “cozinha tradicional” acompanhada pelos melhores vinhos.
A viagem leva-nos a praticar o agroturismo numa bela bastide rodeada de oliveiras e vinhas, como quase tudo aqui: Monte Estrela. É ideal para uma escapadela jornada lenta (viajar com serenidade), seja saboreando o seu café da manhã caseiro (atenção ao bolo de cenoura) ou o seu bacalhau gratinado servido num pão à hora do jantar, passeios a cavalo ou de bicicleta, relaxamento no spa, vindimas na horta, vindimas ou vela nas proximidades Lago Alqueva, o maior tipo artificial da Europa, com 250 km2 ou 25 mil campos de futebol. ele sentiria falta Olhe para as estrelas assim que a noite cai, porque é um dos céus mais limpos do Velho Continente. Palavra de Destino estrelado.
As propostas são infinitas, como salienta o seu proprietário, Brites Pires, que mesmo morando em Lisboa, ele fez isso Realize seu sonho criar um hotel rural a poucos passos de sua cidade natal, Safara, a meia hora de carro Monsarazuma das mais lindas Alentejo (e de Portugal). Construída de branco no topo de uma montanha, as suas ruas empedradas, a sua muralha envolvente com quatro portas e o seu castelo (na sua Parada ainda celebram touradas) nos remetem à Idade Média.
Monsaraz é também um bom local para fazer uma prova de vinhos na loja de uma das mais icónicas adegas portuguesas, Ervideira, criado em 1880 e cuja lista inclui referências como o seu Reserva Branco, eleito o melhor branco do mundo em 2017. aula a vinificação é realizada no seu terraço com vista para o Lago Alqueva (e Espanha) pelo sommelier João Bonito. “Somos mais conhecidos por Invisível“, o nosso branco feito de uvas tintas de uma cor quase invisível, como o seu nome”, sublinha antes de o provar e depois fala dos seus vinhos subaquáticos, aqueles que envelhecem 30 metros abaixo do lago por um ano. “Outros fazem-no no mar. Exigem muito esforço, mas são tão especiais que vale a pena”, acrescenta.
É hora de descer para o Baixo Alentejo para descobrir outra propriedade vinícola premiada, Santa Vitória, em Beja, conhecida pela exclusividade dos seus vinhos e por aliar tecnologia de ponta a práticas tradicionais como a vindima e o esmagamento manuais. Compartilha 1.600 hectares de terra e proprietário com três acomodações no Vila Galé Hotel Groupa segunda maior do país, realiza-se assim o plano completo: visita à adega (e às vinhas de bicicleta, 4×4 ou balão de ar quente) com degustação e ontem à noite puxar da empresa, o Vila Galé Collection Monte do VilarA Somente adultos um luxo pensado para desfrutar a dois. E com vinho.
COMOCHEGAR
De carro ou avião para Lisboa ou Badajoz.
OU DORMIR
Torre da Palmeira. Hotel vínico e propriedade vinícola rica em história.
Az Zagal. Charmosa casa rural de origem árabe.
Monte Estrela. Casa de campo para relaxar e vivenciar o turismo sustentável.
Vila Galé Collection Monte do Vilar. Hotel de luxo do grupo Monte Vilar no meio de vinhas perto de Beja.
ONDE COMER
Além dos restaurantes dos hotéis citados, outros merecem destaque como Café Alentejano (comida tradicional de Évora) ou Herdade da Malhadinha Nova (alta gastronomia num Relais & Châteaux perto de Beja).
MAIS INFORMAÇÕES
No site de Turismo no Alentejo: www.visit alentejo.pt/es, disponível em espanhol.
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