VALÊNCIA (EP). A coligação de centro-direita Aliança Democrática venceu as eleições realizadas este domingo em Portugal, segundo as sondagens à boca da boca, mas sem apoio suficiente para governar sozinha. É por isso que o partido de extrema-direita Basta se ofereceu para apoiar um governo de direita se a aritmética o permitir.
A AD obteria entre 77 e 89 dos 230 assentos na Assembleia Nacional, o Parlamento português unicameral, segundo a sondagem ICS/ISCTE-GfK/Metris publicada pela televisão SIC e pelo jornal 'Expresso', portanto longe dos 115 assentos do a maioria absoluta.
O Partido Socialista (PS) ficaria com entre 68 e 80 deputados e Basta seria a terceira força política (44-54 deputados), muito à frente dos liberais (6-12 assentos), do BE (6-12 assentos) , a CDU (1 a 5 deputados) e o PAN (1 a 4 sítios).
“Os resultados anunciam um dos piores resultados históricos da esquerda e uma vitória da AD”, sublinhou o secretário-geral do Partido Social Democrata (PSD). Hugo Soares. O PSD é o partido que lidera a AD, acompanhado pelo Partido Centro Democrático e Social-Popular (CDS-PP) e pelo Partido Popular Monarquista (PPM).
“Enfrentamos as projeções com a mesma tranquilidade e serenidade com que conduzimos toda a campanha. Não posso deixar de sublinhar que as projeções pressagiam uma vitória da Aliança Democrática e, sobretudo, um grande sentimento de mudança no país”, disse. adicionado. Soares da sede do partido em Lisboa, segundo a imprensa portuguesa.
Atualmente líder do PSD, Luís Montenegronão se pronunciou e o partido pediu para aguardar a publicação dos resultados oficiais.
No entanto o líder de Basta André Ventura, insistiu na possibilidade de formar governo com a AD apesar da recusa dos conservadores durante a campanha. “AD pediu maioria e os portugueses disseram-lhe que essa maioria era a de AD e Basta. Seria irresponsável se não houvesse sindicato. Nós somos responsáveis (…) Somos todos chamados a esta alternativa”, argumentou. .
Ventura sublinhou assim que foi uma “noite histórica” que “pôs fim ao sistema bipartidário em Portugal” e “haverá uma sólida maioria de direita”.
Questionado se já tinha falado com o líder do PSD, Luís Montenegro, Ventura pediu tempo. “Hoje ainda é cedo. Amanhã seria bom começarmos a falar de orçamentos”, frisou.
PS na oposição
O diretor de campanha do PS também reagiu: João Torres, que sublinhou que por não ser o partido mais votado, estará à frente da oposição. “O PS não vai criar um impasse constitucional no país. O PS não é o parceiro natural da AD”, alertou, referindo-se à possibilidade de uma grande coligação.
“Se as projeções se confirmarem, o PS terá naturalmente a obrigação de liderar a oposição. Aguardamos os resultados com serenidade e tranquilidade”, declarou, quando questionado sobre a possibilidade de um acordo entre partidos de esquerda.
Quanto ao futuro, Torres alertou que “ninguém espera que o PS apoie os orçamentos da AD”. “Temos uma visão diferente da sociedade, com uma matriz diferente”, argumentou.
Várias pesquisas de saída
A sondagem à saída do ICS/ISCTE-GfK/Metris publicada pela televisão SIC e pelo jornal Expresso prevê um apoio à AD entre 27,6 e 31,8 por cento dos votos. A coligação conservadora venceria assim o Partido Socialista, que obteria entre 24,2 e 28,4 por cento.
Atrás deles estão a formação de extrema direita Basta (16,6-20,8 por cento), Iniciativa Liberal (IL, 4,1-7,3 por cento), Bloco de Esquerda (BI, 3,2-6,4 por cento), Livre (2,3-4,9 por cento), Partido Democrático Unido Aliança. (CDU, comunista, 1,3-4,5 por cento) e Pessoas-Animais-Natureza (PAN, 0,5-3,1 por cento).
O estudo divulgado pela televisão pública RTP confirma a vitória da AD (29-33 por cento), seguida do PS (25-29 por cento), Basta (14-17 por cento), IL (5-7 por cento), BI (4-6 por cento). por cento). por cento), Livre (3 a 5 por cento), CDU (2 a 4 por cento) e PAN (1 a 2 por cento).
A sondagem pitagórica para a TVI/CNN dá resultados mais próximos, com AD na liderança (28 a 33 por cento), seguido de PS (24,5 a 29,5 por cento), Basta (16,6 a 21,6 por cento), IL (3,3 a 6,3 por cento), Livre (2,2 a 5,2 por cento), BE (3 a 6 por cento), (CDU, 2,3 a 5,3 por cento), (0,8 a 2,8 por cento) e PAN (0,8 a 2,8 por cento).
Por fim, a CMTV também coloca a AD na liderança (27,2-33,2 por cento), seguida do PS (23,8-29,8 por cento), Basta (15,6-20,6 por cento), IL (3,3-7,3 por cento), BI (2,7-6,7 por cento), Gratuitos (2,1 a 6,1 por cento), CDU (1,2 a 5,2 por cento) e PAN (0,5 a 3,5 por cento).
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