“Esportivamente, eu não poderia estar mais feliz com o meu ano.” Adrián Herías, piloto de Luanquín, sorri de orelha a orelha ao relembrar sua temporada. O asturiano voou na garupa do seu jet ski com que conquistou as ondas de Portugal, na sua estreia em terras portuguesas. “Ele chegou e beijou o santo, a recepção não poderia ter sido melhor”, diz Herías, que apesar de exausto de tantos meses de competição continua motivado para o que nos espera no futuro.
“Em Portugal participei em seis corridas”, explica Gozoniego, que conseguiu o primeiro lugar em cinco delas e, onde não conseguiu o ouro, acabou com o dinheiro à volta do pescoço. “Correu muito bem para nós, este ano ele estava em grande forma. Até a última corrida ele foi muito competitivo, o que foi ainda mais divertido”, diz Herías, que apesar de competir em um país diferente do seu, só tem elogios tanto para a organização quanto para os concorrentes. “Eles nunca me viram como uma pessoa estranha. Eu os respeitava e eles me respeitavam igual, então não tinha problema. Com a Federação a mesma coisa. Eles sempre nos apoiaram, mesmo sendo de fora”, disse.
À primeira vista parece estranho que um piloto asturiano concorra ao campeonato português. Adrián Herías explica: “Comecei a temporada correndo na Espanha. Na primeira corrida terminei em segundo e na segunda, em Benalmádena, abandonei. Tive problemas físicos, porque caí durante os treinos e depois houve muita polêmica durante uma das saídas, então decidi sair”, diz. Mas esse não era o principal problema.” Este ano a Copa do Mundo foi realizada em Ibiza, o que para mim foi uma oportunidade espetacular. Mas a Federação Espanhola, apesar de não se responsabilizar por nenhuma despesa dos pilotos nem pagar nada, decidiu limitar o número de competidores espanhóis na Copa do Mundo. Não entrei nesse limite, o que não me pareceu certo. Contactei a Federação Portuguesa e, depois de passar num teste, em que me responderam que estava acima da média dos restantes pilotos, disseram que não havia problema, que podia competir por eles”, explica o Luanquín.
Mas, quando parecia que um de seus grandes objetivos estava se concretizando, o bastão chegou. “La Española não gostou dessa mudança, então eles informaram a Federação Internacional alegando que eu era o piloto deles no início da temporada. Apesar de apelarmos e a Federação Internacional sempre apoiar, não havia como participar “, disse. Apesar de a Federação Espanhola lhe ter dado as costas, do asturiano tudo foi apoio e ajuda. “Eles defenderam-me com unhas e dentes, não podia estar mais grato pelo seu trabalho”, disse Herías, que já só elogios à organização asturiana.
Essa mudança tem seu lado positivo, pois, embora tenha que competir em outro país, as distâncias agora são menores. “Em Espanha, quase todos os testes são feitos na Andaluzia e em Múrcia, o que significa mais de dez horas de viagem. Agora, para ir a Portugal, em seis estou no local mais distante. A diferença é abismal, tanto no tempo e em dinheiro”, revela o gozoniego, mais do que satisfeito com a sua decisão.
“Estou muito feliz com a temporada e muito orgulhoso das pessoas que nos ajudaram”, resumiu Herías, feliz pela conquista do título português. Agora ele está de olho no próximo ano, onde espera continuar o ímpeto. “Estamos à procura de patrocinadores para sabermos como planeamos a época. Gostava de experimentar noutros países, como a Polónia ou a Itália, mas para isso precisava de patrocinadores, caso contrário impossível”, confidencia. O certo é que ele não ficará parado, pois o mar corre em suas veias em alta velocidade.
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