“A proliferação de águas-vivas nas costas espanholas a cada verão reaviva o debate sobre a possível influência das mudanças climáticas”, explica Juan Diego López Arquillo, mergulhador científico e pesquisador da Universidade Européia das Ilhas Canárias. “O clima tem um papel importante, pois afeta os padrões de chuva no inverno e pode influenciar na reprodução e sobrevivência dessas criaturas marinhas, mas não é o único. A poluição e a pesca predatória também se tornaram fatores determinantes”, explica.
O especialista ajuda a desfazer alguns mitos sobre as alforrecas, citando como exemplo o facto da famosa caravela portuguesa ser apresentada como um animal desta espécie quando na realidade não o é.
“Também não é verdade que eles proliferam apenas em águas temperadas ou quente”, acrescenta. “É verdade que há mais espécies que se reproduzem mais facilmente a temperaturas mais elevadas e é por isso que as vemos mais na costa do Mediterrâneo, mas há espécies de cnidários que se adaptam muito bem ao frio e encontram-se frequentemente no Atlântico ou no Cantábrico”, afirma.
Outra informação imprecisa é aquela picada de água-viva. “O que acontece é que os banhistas podem esfregar células urticantes de seus tentáculos, chamados cnidócitos, e sofrem irritações mais ou menos severas dependendo da espécie e da pele de cada pessoa”, especifica o professor López Arquillo.
Nestes casos, é aconselhável limpar a área afetada com água salgada e usar um creme corticosteróide, se recomendado pelos serviços de emergência. O que você nunca deve fazer é recorrer a remédios caseiros como vinagre, álcool, amônia ou mesmo urina, pois podem aumentar sua capacidade de ardor.
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