As associações da CII de Espanha, Itália e Portugal decidem sobre a possível cessação das retrocessões

João Pratas, presidente da APFIPP (Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patimónios), também se pronunciou recentemente. Durante o discurso dos Morningstar Awards em Portugal, defendeu que o modelo de retrocessão “É um modelo continental, testado em vários países europeus”. Para o especialista, o fim das reversões, como aconteceu em Inglaterra ou na Holanda, traria grandes problemas de adaptação ao negócio de gestão de ativos em Portugal.

“Um fundo de investimento tem vários custos associados. As taxas de gerenciamento permitem que a equipe de gerenciamento seja compensada pelo trabalho que realiza. Mas também a distribuição do fundo e mesmo a seleção de produtos realizada pelo distribuidor acarretam custos elevados. É aqui que entram as retracements, que permitem premiar o trabalho de distribuição levado a cabo pelas diversas entidades”, justificou o especialista.

Pratas argumenta que muito raramente as inversões definem qual fundo é distribuído. Na experiência do profissional, estes tendem a ser muito semelhantes entre diferentes fundos. Por outro lado, acredita que, em geral, os agentes acabam “querendo vender o fundo que gera mais rentabilidade para o cliente. A ideia de vender o fundo com o qual recebem mais retrocessões talvez seja um erro”, concluiu.

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Suzana Leite

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