Atenção veranistas! : A fragata portuguesa reaparece e provoca o encerramento de 11 balneários

Por: Ítalo Arce

Segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023 | 15h49

É classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das espécies mais perigosas do planeta.

A presença da água-viva Physalia physalis, mais conhecida como fragata portuguesa, nos últimos dias obrigou ao hasteamento da bandeira vermelha em diversas praias do nosso país devido à sua perigosidade.

No domingo foi noticiado o encerramento e proibição de entrada em 11 praias da costa nacional, devido à presença do navio de guerra português, mais conhecido como fragata portuguesa. Estão nas regiões de Coquimbo e Valparaíso.

A Secretaria Regional Ministerial de Saúde (Seremi) da Região de Valparaíso, decretou que a partir de sábado, 11 de fevereiro, após a observação desta espécie em diferentes praias, serão proibidas atividades recreativas e natação em seis balneários termais do litoral.

Região de Valparaíso

  • Praia de Acapulco (Viña del Mar).
  • Praia de Zapallar.
  • Praia de Cachagua (Zapallar).
  • Praia El Golf (Zapallar).
  • Praia Las Cujas (Zapallar).
  • Praia de Coirones (Zapallar).

Região de Coquimbo

  • Praia Quatro Cantos (La Serena).
  • Praia de Peñuelas (Coquimbo).
  • Praia La Herradura (Coquimbo).
  • Guanaqueros da longa praia (Coquimbo).
  • Praia de Pichidangui (Coquimbo).

A Autoridade Marítima fiscalizará o cumprimento da medida junto aos municípios correspondentes a cada estação, além do Ministério da Saúde da região. Somente atividades extrativas e produtivas podem ser realizadas.mas com cautela, até que a autoridade sanitária determine.

Este tipo de “falsa água-viva” (é na verdade um organismo colonial cujos indivíduos se especializam em manter viva a colónia) possui uma bóia gasosa que lhe permite navegar, dependendo das correntes ou graças ao vento, na superfície do mar. mar. Este flutuador em forma de vela, daí alguns dos seus nomes, é de cor azulada no topo e dele emergem finos tentáculos, que podem medir 50 metros de comprimento.

Esses tentáculos são cobertos por cápsulas venenosas que podem paralisar e matar peixes e outras pequenas criaturas que se alimentam deles. A mordida em humanos causa queimaduras e dores intensas, podendo às vezes até levar a consequências mais graves, principalmente em crianças, idosos e pessoas com problemas de saúde, como infecções ou alergias, mas foram relatados casos raros de infecção e morte.

As autoridades lembram-nos que devemos ter muito cuidado com eles, mesmo que sejam encontrados mortos na costa, porque o seu veneno permanece activo mesmo quando permanecem inertes.

O Ministério da Saúde estabelece que em caso de picada o interessado deve lavar-se imediatamente com água do mar e retirar os restos de tentáculos caso existam, evitando o contacto direto com os mesmos. Além disso, não aplique vinagre ou água doce, nem esfregue ou raspe a pele com areia ou toalhas. Depois dirija-se ao centro de saúde mais próximo.

Aqui estão algumas recomendações para evitar ser mordido:

  • Não subestime a situação. A única forma de evitar picadas é não nadar, mesmo nas margens das praias fechadas pelas autoridades.
  • Nunca toque nas águas-vivas, mesmo nas que estão presas na areia, ou nos seus fragmentos, pois o seu poder picante persiste, mesmo que estejam mortas.
  • Esteja atento e siga as instruções e avisos existentes na praia (sistemas de som, cartazes, sinalização, bandeiras, etc.) ou difundidos nos meios de comunicação social.
  • Se forem avistadas águas-vivas e não houver aviso, informe a estação de monitoramento mais próxima ou as autoridades locais.
  • Usar protetor solar pode reduzir o risco de picadas, mas não as previne completamente.
  • As crianças são particularmente sensíveis: observe-as, ensine-as e nunca dê banho nelas.

Como agir em caso de picadas

  • Não coçar ou esfregar a área afetada, mesmo com toalha ou areia, isso só ativará os cnidócitos restantes devido à pressão.
  • Lavar a área com soro fisiológico, na sua falta com água do mar, certificando-se de que não contém fragmentos de tentáculos, mas nunca com água doce.
  • Não aplique amônia, urina ou vinagre.
  • Se não conseguir chegar a uma unidade de cuidados primários, remova quaisquer restos de tentáculos presos à pele com uma pinça; Caso contrário, um objeto com bordas finas pode ser usado.
  • Para aliviar a dor, aplique gelo frio de forma intermitente por cerca de 5 a 15 minutos, sem esfregar e evitando o contato direto do gelo com a pele.
  • Nunca aplique calor ou exponha a área afetada à luz solar.
  • Em caso de ferida, é aconselhável aplicar um anti-séptico três vezes ao dia, até a cicatrização da ferida.
  • Dirija-se ao posto de salva-vidas da praia ou centro de saúde mais próximo.

Francisco Araújo

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