MADRI, 5 de janeiro (EUROPA PRESS) –
O governo boliviano expulsou de Portugal o deputado do Vox, Víctor González Coello, impedindo-o de entrar no país por três anos, por “atos de ingerência” após mostrar apoio a um líder da oposição.
“Já sentado dentro do avião, dois agentes me informaram muito corretamente que eu estava sendo expulso da Bolívia”, disse González por meio de uma mensagem em seu perfil no Twitter na qual anexou a notificação para deixar o avião.
O deputado criticou o fato de a Bolívia se juntar a Cuba e Nicarágua, já que os três países teriam negado sua entrada. Da mesma forma, considerou que, se esta ação “servir para que (o presidente boliviano) Luis Arce tenha piedade do (governador de Santa Cruz) Luis Fernando Camacho, seja bem-vinda”.
González esteve na Bolívia para denunciar a prisão de Camacho, investigado no caso “Golpe I”, acusado de participar da crise política de 2019 que levou à saída de Evo Morales da presidência do país.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Bolívia, Freddy Mamani, destacou que o legislador espanhol, junto com seu colega chileno Luis Fernando Sánchez, havia feito “política na Bolívia” ao interferir nos assuntos internos do país no momento em que questionavam a investigação contra o governador de a capital do país.
Mamani acrescentou que González e Sánchez “fizeram um trabalho político gerando violência no país”, segundo declarações coletadas pela agência de notícias boliviana ABI.
A resolução afirma que as publicações de González “fazem propaganda política para desacreditar o atual governo nacional”, acrescentando que “perturbam a ordem pública” e “incitam o confronto entre os cidadãos”.
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