Carlos Heredia (24) está contando as horas para entrar em campo no estádio Sausalito e jogar contra o La Roja. O meio-campista dominicano reconhece que este amistoso o enche de entusiasmo, especialmente porque poderá ter jogadores como Gary Medel, Arturo Vidal e Alexis Sánchez ao seu lado. Ele os admira.
No entanto, as atenções do Heredia não estão apenas voltadas para os rivais. O ex-Wolverhampton também avalia o nível de sua seleção e assim expõe em AS. “O que o treinador (Gabriel Neveleff) está oferecendo é interessante e acho Temos as armas para fazer uma boa partida contra uma seleção tão grande e histórica como a do Chile.”diz o jogador do Cibao FC, da República Dominicana.
– No Chile, quando os rivais para esta data da FIFA foram apresentados, as pessoas ficaram muito decepcionadas, argumentando que o nível é muito baixo. O que você acha que as pessoas pensam de você?
– Posso entender, porque o ranking da FIFA não diz o contrário. Você realmente tem que considerar que a República Dominicana tem sido caracterizada como um país que joga beisebol. O futebol não é o esporte principal… Agora, depois de muitos anos com um presidente da Federação que não apoiava muito o futebol, chegou outro e desde então crescemos muito.
– O que você percebe?
– Muito é investido. Muitos jovens estão se desenvolvendo e procuramos jogadores de futebol que joguem na Europa e tenham ascendência dominicana. Até o nível do campeonato está subindo muito… Por isso esperamos ver melhores resultados, principalmente no ranking da FIFA, e fazer um bom papel nesta sexta-feira, para continuar enfrentando times de alto nível. Só isso nos fará crescer.
– Você admira um jogador vermelho?
– Sim, existem grandes nomes neste time e para mim, ser louco por futebol desde pequeno, ver Arturo Vidal, Alexis Sánchez, Gary Medel, entre outros, me chama a atenção e é algo emocionante. Não é todo dia que enfrentamos jogadores desse nível.
– Você vê isso como um sonho?
– Claro, pode ser visto como um sonho enfrentar jogadores que ganharam tanto na primeira divisão. Mas ei, mais que um sonho, é a realidade, não é? Também estamos crescendo como país. Nosso time tem jogadores jovens e vejo isso como algo empolgante. É uma motivação, porque as coisas são bem feitas.
– Você pretende trocar de camisa em um amistoso?
– Se possível, gostaria de trocar a camisa com alguns dos que mencionei (Arturo Vidal, Alexis Sánchez e Gary Medel).
– Você nasceu na Espanha, mas acabou defendendo a República Dominicana, o país de seu pai…
– Obviamente, jogar com a Espanha não é tão fácil (risos), porque o nível é muito alto. A certa altura pensei em defender a Espanha, mas quando recebi a ligação da República Dominicana e me falaram sobre o projeto, em 2018, me motivou a mergulhar de cabeça, para representar o país do meu pai e do meu avô.
– Atualmente você joga pelo Cibao da República Dominicana, mas há alguns anos você estava no Wolverhampton. Como foi essa experiência?
– Foi ótimo. Saí de casa aos 17… Passei um ano nos sub-18 e depois integrei a equipa onde estava o treinador Nuno Espírito Santo e muitos companheiros portugueses da agência. de Jorge Mendes. Estive muito perto de fazer a minha estreia na Premier League, de chegar ao primeiro escalão da Europa, mas no final, por várias razões, não foi possível.
– Conte-me sobre os colegas que você tinha na época…
– Pude treinar com jogadores de altíssimo calibre como João Moutinho, Rui Patrício, Rúben Neves, Adama Traoré e Raúl Jiménez. Foi ótimo. Passei dois anos neste clube e cresci muito como jogador.
– Eu entendo que você também passou pelas categorias de base do Barcelona…
– Sim, passei quatro anos em Barcelona quando era jovem. Foi dos oito aos 12 anos… Aí a gente começa a entender um pouco as noções de futebol, o básico, e foi uma experiência que vai levar pra vida toda. Pude compartilhar com vários jogadores que anos depois ingressaram no time principal, como Carles Aleñá, Riqui Puig e Marc Cucurella.
– Quais são suas referências no futebol?
– Pelas características de jogo, gosto de ver o Bernardo Silva, o David Silva e, obviamente, o Leo Messi. São jogadores que são um pouco como eu tento jogar, então tento aprender com eles.
“Fã de comida premiada. Organizador freelance. Ninja de bacon. Desbravador de viagens. Entusiasta de música. Fanático por mídia social.”