Comerciantes portugueses denunciaram ameaças de encerramento de negócios que apoiam María Corina Machado

  • A organização política Vente Venezuela exigiu o fim do assédio à sociedade civil durante a campanha eleitoral

A Vente Venezuela compartilhou a denúncia de comerciantes do estado de Portuguesa sobre ameaças de fechamento de negócios que apoiam a visita da líder da oposição María Corina Machado, quarta-feira, 17 de julho, à entidade.

“Comerciantes portugueses relatam ter encontrado panfletos contendo ameaças, alertando para o encerramento dos seus negócios para apoiar a líder do Vente Venezuela, María Corina Machado, que visita a entidade esta quarta-feira”, escreveu o gabinete de direitos humanos do partido.

A publicação vem acompanhada da foto de um dos folhetos. O print avisa: “Alerta trader. “Se apoiarem María Corina, seus negócios serão fechados.” Além disso, termina com a frase “Fúria Bolivariana”.

Foto: Venezuela

A organização política exigiu o fim do assédio e da perseguição à sociedade civil na campanha eleitoral na Venezuela.

Pensar diferente e apoiar um candidato ou líder político não deve ser considerado crime”, acrescentou em outro post.

Machado viajou por vários estados do país para promover a campanha de Edmundo González Urrutia, candidato oficial da Plataforma Democrática Unitária (PUD).

Processos e prisões

A organização não-governamental (ONG) Foro Penal rejeitou as detenções arbitrárias ocorridas durante a campanha para as eleições presidenciais de 28 de Julho.

O Foro Penal registrou mais de 100 detenções de pessoas ligadas ao partido Venda Venezuela ou a atividades das quais Machado ou González Urrutia participaram.

Esta semana foram presas 11 pessoas, o que é um número significativo e parece que as detenções vão continuar”, afirmou Alfredo Romero, presidente da ONG, durante uma conferência de imprensa oferecida aos meios de comunicação no dia 16 de julho.

Poucas horas depois desta coletiva de imprensa, mais precisamente na madrugada do dia 17 de julho, foi anunciada a prisão de Milciades Ávila, chefe de proteção de Machado.

Foto: EFE

A líder da oposição recorreu às suas redes sociais para indicar que Ávila faz parte da sua equipa há 10 anos. Acrescentou que a acompanhou em viagens pelo país e afirmou que arriscou a vida para defendê-la. Machado alertou para uma escalada de repressão contra membros ligados à sua causa política.

Ávila seria acusada de violência de gênero pelos acontecimentos registrados no sábado, 13 de julho, quando um grupo pró-governo se aproximou de um estabelecimento comercial em La Encrucijada, no estado de Aragua, para insultar Machado e o candidato Edmundo González Urrutia.

Da mesma forma, foram apresentadas diversas reclamações relativas a estabelecimentos comerciais encerrados pelo Serviço Nacional Integrado de Administração Aduaneira e Tributária (Seniat) ou outras instituições, após as visitas de Machado durante a campanha eleitoral.

Suzana Leite

"Estudioso de viagens do mal. Totalmente viciado em café. Escritor. Fanático por mídia social. Estudante amigo dos hipsters."

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *