CosmoCaixa revela as formas secretas da natureza na nova exposição Nanocosmos

A beleza e as formas insuspeitas do mundo microscópico estão agora expostas no CosmoCaixa Science Museum, primeira fase da exposição itinerante Nanocosmos. A realidade escondida do olho humano, produzida pela Fundação “la Caixa”.

A exposição apresenta 36 fotografias tiradas com microscópio eletrônico pelo artista Michael Benson com quem nos oferece outro olhar sobre a fauna e a flora que mergulha em sua menor escala. Arte, alta tecnologia e ciência se fundem nesta nova mostra, que é uma viagem pelo mundo natural em escala submilimétrica. Benson, sempre fascinado pela fronteira entre o que vemos e o que não vemos, cria imagens inspiradoras e reveladoras de vida, invisíveis aos olhos.

O autor utilizou um microscópio eletrônico de varredura do Museu Canadense da Natureza, em Ottawa, e conseguiu inverter os usos dessa tecnologia, até então a serviço da ciência. Benson agora o usa para crie arte na forma de 36 imagens digitais em preto e brancometiculosamente processadas e montadas, que retratam a complexidade da flora e da fauna.

Nas fotos você pode ver, por exemplo, oas estruturas das diatomáceas, um grupo de algas unicelulares que é um dos tipos mais comuns de fitoplâncton. As diatomáceas absorvem entre 10.000 e 20.000 milhões de toneladas de dióxido de carbono a cada ano e são responsáveis ​​por 20-50% do oxigênio total que entra na atmosfera da Terra a cada ano.

Da mesma forma, eles podem conheça os radiolários de pertoum tipo de zooplâncton presente em todos os oceanos do planeta e que possui um esqueleto quase sempre formado por sílica e formas geométricas próximas a poliedros regulares.

A relação dos insetos com as plantas também chama a atenção e o foco de Benson. Na exposição você pode ver em detalhes um inseto tão pequeno quanto o pulgão, que mede entre 1 e 3 milímetros, e do qual podemos ver até o estilete, com o qual perfura as plantas e delas extrai nutrientes. Da mesma forma, você pode ver os palpos, apêndices peludos de borboletas, que os ajudam a saborear o alimento para determinar se é comestível, ou os olhos e antenas de uma abelha e as asas de uma libélula, que permitem velocidades entre 35 e 54 km/ h a ser alcançado.

Todas estas curiosidades são visíveis na exposição. Para ir ainda mais longe, o Museu da Ciência A CosmoCaixa também oferecerá visitas guiadas com educadortanto para o público em geral como para os alunos, o que permitirá estabelecer um diálogo com os participantes e tirar as dúvidas que possam surgir em torno deste fascinante tema.

Esta exposição é a segunda colaboração da Fundação “la Caixa” com o escritor, artista e cineasta americano. Outros mundos. Viagens pelo Sistema Solar de Michael Benson foi a primeira exposição itinerante conjunta. A exposição, que ainda pode ser vista em cidades de Espanha e Portugal, apresenta quarenta imagens impressionantes de planetas do nosso sistema solar captadas por sondas da NASA e da ESA, selecionadas e processadas por Benson.

Depois de nos mostrar a vastidão do mundo exterior, Benson nos aproxima desta vez com nanocosmo a outras descobertas surpreendentes muito mais próximas, embora imperceptíveis aos nossos olhos. Esta fascinante construção entre arquitetura, botânica, biologia e arte de vanguarda, depois de passar por Barcelona, ​​irá viajar para outras cidades de Espanha e Portugal.

Ambas as exposições fazem parte do programa Street Art, com o qual a Fundação “la Caixa” pretende transformar diferentes cidades num museu ao ar livre. A divulgação é um instrumento básico para promover o crescimento das pessoas. Por isso, por meio dessas mostras, a entidade pretende aproximar a cultura e a ciência de todos os públicos.

Mais um olhar sobre o mundo microscópico na CosmoCaixa

Além da exposição itinerante Nanocosmos, o museu de ciências CosmoCaixa dispõe desde o ano passado de um espaço permanente onde se pode observar o que é invisível a olho nu e que só um instrumento científico como um microscópio nos pode revelar. No microriumos visitantes podem realizar oficinas para explorar os mundos mineral, vegetal e animal por meio desses aparelhos, e até ser protagonistas ao observar certas partes de seu corpo, como pele ou cabelo, sob uma lupa.




Filomena Varela

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