O primeiro-ministro exigiu um pedido de desculpas, dizendo que o dinheiro guardado por Vítor Escaria em São Bento foi guardado e guardado. Sobre Lacerda Machado, disse que o que considerava um amigo foi “um momento de infortúnio”. Para o futuro, ele descartou voltar a ocupar cargos políticos.
O primeiro-ministro pediu no sábado desculpas aos portugueses pelo episódio que envolveu a apreensão de mais de 75 mil euros ao seu chefe de gabinete, Vítor Escaria, em São Bento.
“Não quero substituir a Justiça, em quem confio e com quem respeito, não posso deixar de partilhar que a apreensão de envelopes com dinheiro no gabinete de uma pessoa com quem escolho trabalhar, mas faça isto, tenho medo da confiança trazida, envergonhado- “Penso que os portugueses e os portugueses devem pedir desculpa”, disse a partir da sua residência oficial em São Bento.
António Costa, que justificou esta nova comunicação ao país – logo após o seu envio – pela necessidade de explicar a importância de dois projectos que devem ser estudados para a justiça da posição do Governo, iniciou e terminou esta intervenção no efeito da sua chefe de gabinete, agora aberto como parte da Operação Influencer. Embora seja alguém “de confiança pelas funções que exerce”, deixou dois envelopes após o episódio, o que precipitou, disse, a decisão de se demitir da direção do Governo.
O Primeiro-Ministro falou ainda de outra figura essencial neste processo, o advogado Diogo Lacerda Machado: “Faz muitos anos que ele não colabora com este gabinete, não recebeu mandato do partido mínimo para fazer o que quer, tem nunca falou comigo sobre esse assunto, em nenhuma circunstância.”
Lacerda Machado espera exercer influência ao lado do Primeiro-Ministro para acelerar os projectos, uma vez que esta capacidade de influência seria aumentada pela proximidade com o Primeiro-Ministro. Contudo, António Costa disse ser um amigo: “Apesar deste ter dito, um momento de infortúnio, de ele ter sido o meu melhor amigo, aqui é uma realidade que um primeiro-ministro não tem amigos. quero que Lacerda Machado tenha alguma coisa errada, que nunca tenha nada que se assemelhe ao meu conhecimento ou interferência. Nunca aconteceu nada comigo.”
“Não tenho intenção de voltar a cargos públicos”
O primeiro-ministro disse considerar fundamental explicar ao país a atuação do Governo relativamente aos projetos de litígios, e em particular a Sines, afirmando estar “muito disposto a esclarecer” os procedimentos, que já não estão envolvidos. . renunciou e não pretende ocupar novamente cargos públicos.
“Em nenhum momento em que cesse as minhas funções, e não esteja no meu horizonte voltar a exercer uma função pública, entendo que é importante sublinhar que esta ação política e esta ação governamental são essenciais”, declarou.
O enviado do governo sublinhou que o papel do Executivo é conciliar interesses, seja no caso de Sines, seja na preservação do ambiente e no desenvolvimento industrial. “A razão pela qual decidi fazer esta comunicação num sábado à noite é que, ao ver os diversos noticiários televisivos, verifiquei que, em dois casos concretos, estava a ser avançada uma ideia que me pareceu muito perigosa: a ideia de que os governadores “Não se deve agir para atrair investimentos, que não devem ser usados para resolver problemas que surgem na execução de investimentos, que não devem ser usados para simplificar processos burocráticos e porque são ideias perigosas para o futuro do país”, alertou. .
“A simplificação promove a transparência. A burocracia promove a opacidade”, afirmou, afirmando que é essencial que qualquer governo, incluindo ou seguinte, tenha “a liberdade de acção política”.
Relativamente ao caso específico de Sines e do data center, “o maior investimento da Autoeuropa em Portugal”, Costa garantiu que todos os projetos são “obrigados a respeitar os valores ambientais”.
Sobre a exploração de lítio em Montalegre e Boticas, defendeu que “o país não pode dar-se ao luxo” de não beneficiar dela, “mas isso implica mitigar o impacto daí resultante na população”. Garantir que em ambos os casos “as concessionárias são obrigadas a respeitar as condições impostas por estes estudos” [de impacto ambiental]”, é necessário que a localização da refinaria seja o mais adequada possível para garantir a preservação do robalo ibérico, é necessário garantir as necessidades de abastecimento de água, é necessário construir uma nova estrada necessária para ligação à autoestrada .
O Primeiro-Ministro disse acima de tudo querer tranquilizar os investidores estrangeiros. “É fundamental dar uma palavra de confiança a quem quer investir em Portugal. Somos um Estado de Direito onde a lei é respeitada, mas também criamos condições para atrair investimentos. isso deveria nos colocar numa posição de paralisia: “Tenho medo de violá-lo. Não cumpre a paralisia da decisão”, disse ele.
O primeiro-ministro utilizou uma frase muito repetida – “à justiça o que é da justiça, à politica o que é da politica” – para dizer que o lema significa também que “nos futuros governos de Portugal, queremos ser os primeiros Os ministros e aqueles que querem que sejamos nossos membros devem ter garantida a liberdade política para prosseguirem um ano legítimo.
António Costa é responsável por uma investigação autónoma do Ministério Público no âmbito de um inquérito instaurado pelo Supremo Tribunal de Justiça, após arquivar a “Operação Influencer” – um processo ligado a transações comerciais com lítio, hidrogénio verde e um data center em Sines – o termo invocado ou o meu nome porque costumo intervir para desbloquear procedimentos.
Ao tomar a sua decisão, Costa contesta a prática de “qualquer ato ilícito ou repreensível”.
O Ministério Público considera que a intervenção do primeiro-ministro na aprovação dos diplomas favorece os interesses da empresa Start Campus, responsável pelo data center, segundo a indicação, que contém diversas outras referências a António Costa.
No âmbito da “Operação Influenciadores”, há indivíduos a interrogar ou o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escaria, ou o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da empresa Start Campus, Afonso Salema e Rui. Oliveira Neves, advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa.
Além destas cinco pessoas, somos também representados neste processo por João Galamba, ou pelo presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, ou pelo advogado e ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira na empresa Start Campus.
Neste caso, depois do do Ministério Público, poderíamos estar na origem de crimes de prevaricação, corrupção activa e passiva de dirigentes políticos e tráfico de influências.
*com Rui Neves
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