Dono da Mercadona diz que se o clima político espanhol acontecesse em Portugal iria ‘desacelerar’ os investimentos

O presidente da Mercadona, Juan Roig, disse que se o clima político que prevalece em Espanha se repetisse em Portugal, onde a empresa está em expansão, isso “desaceleraria os investimentos”, segundo declarações divulgadas pela Europa Press.

Roig pediu à classe política espanhola que mantenha a calma e “não atrase as coisas”. Assegurou ainda que estava a ocorrer uma divisão entre os espanhóis “o que não é nada bom”.

O presidente da cadeia de supermercados fez estas declarações durante um evento empresarial para exigir a promoção do Corredor Mediterrâneo, realizado quinta-feira em Madrid, coincidindo com o segundo dia da sessão de inauguração do Congresso dos Deputados.

“Divisão entre os espanhóis”

Segundo Juan Roig, “está a criar-se entre os espanhóis uma divisão que não é nada boa” e se continuarmos neste caminho, “todos vão piorar”. Disse ainda que são os empresários e os trabalhadores “que geram riqueza e empregos neste país” e apelou a “um quadro de estabilidade”.

Há poucos dias, a associação patronal CEOE, juntamente com a associação representativa das pequenas e médias empresas (Cepyme) e a organização de trabalhadores independentes ATA, publicaram um duro comunicado de imprensa em que ataca a investidura dos acordos. Neste documento, os empresários alertam “para o grave ataque que estes acordos podem representar à separação de poderes”, bem como “ao princípio da igualdade entre todos os espanhóis”, entre outras críticas.

Alex Gouveia

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