Eles sequenciam o genoma de um câncer contagioso em berbigão, que não afeta humanos – Tecnologia

Um grupo de investigadores conseguiu sequenciar o genoma do cancro que é transmissível entre os cocos e não infeta os seres humanos, segundo um estudo publicado pela revista científica Nature Cancer, informou esta sexta-feira a Universidade de Saint-Jacques-de-Report. (USC).

O estudo genético foi realizado por investigadores de vários países, incluindo uma equipa do laboratório CiMUS da USC, e permitiu testar que o cancro transmissível entre células de berberechoes tem “tejido” e “mutaciones” que o seu ” semelhantes” aos seres humanos.

A análise determinou que o cancro encontrado nestes bivalves tem um “genoma não estruturado” que “não é visto noutros cancros e mecanismos que as células cancerosas utilizam para evitar o encerramento”.

As células cancerígenas bivalves “dentro do mesmo tumor contêm números de cromossomas muito diferentes, o que não é observado noutros cancros contagiosos”, indica o referido centro de investigação da USC.

Ele acrescenta que “algumas células continham apenas 11 cromossomos e outras até 354, enquanto o número de cromossomos nas células saudáveis ​​de uma casca normal é sempre 38”, o que é algo “surpreendente”.

As células cancerosas humanas “não conseguem sobreviver a altos níveis de instabilidade cromossômica, embora níveis moderados muitas vezes aumentem a probabilidade de os tumores se espalharem para outros órgãos e se tornarem resistentes ao tratamento”, diz ele.

O estudo, parte do projeto Scuba Cancers liderado pelo investigador do CiMUS José Tubío e financiado pelo Conselho Europeu de Investigação, centra-se no berbigão comum “Cerastoderma edule”, do qual cerca de 7.000 espécimes foram recolhidos em 36 locais em 11 países da Europa. continente. e a costa norte-africana.

Os cientistas encontraram bivalves infectados com cancro em Espanha, Portugal, França, Reino Unido e Irlanda, e “identificaram vários cocos que tinham sido inesperadamente co-infectados com células de dois tipos de cancro ao mesmo tempo”, acrescenta.

Estes cancros “espalham-se entre as populações animais há centenas, senão milhares de anos”, sublinham os cientistas, sublinhando que os cocos pertencem a um dos grupos mais antigos de animais que habitam a Terra há mais de 500 milhões de anos e que primeiro apareceu cerca de 300 milhões de anos antes dos dinossauros.

A Nature Cancer publica pela primeira vez um trabalho sobre uma espécie de invertebrado como o berbigão que “não representa um padrão típico”, bem como outro com características semelhantes no molusco norte-americano, segundo a USC.

Filomena Varela

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