Este conteúdo foi publicado em 7 de março de 2023 – 13:42
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Zagreb, 7 de março (EFE).- Várias organizações não governamentais (ONGs) de Espanha, Portugal e Croácia lançaram terça-feira em Zagreb um projeto conjunto de três anos contra a ciberviolência baseada no género, no qual serão elaboradas propostas de orientações legais para combater melhor este flagelo nos três países e em toda a União Europeia (UE).
“Esperamos que através deste projeto possamos preparar documentos e influenciar a administração pública para incluir mais questões relacionadas com a ciberviolência contra mulheres e meninas no direito penal”, explicou a representante do Lobby Europeu das Mulheres em Espanha (LEM Espanha). , Teresa Nevado Bueno, apresentando o plano em conferência internacional em Zagreb.
Nesse contexto, destacou que ainda existem muitos crimes de cyberbullying e violência na mídia, como a divulgação de conteúdo sexual na Internet, o uso de perfis falsos e o discurso de ódio, que não foram introduzidos ou são não está suficientemente bem definido nos códigos penais dos 27 países da UE.
Faltam também análises e estudos actualizados, bem como campanhas de sensibilização a nível institucional e social, sobretudo junto dos adolescentes, sobre a importância destas questões, acrescentou.
Embora a ciberviolência contra mulheres e meninas “seja perpetrada na esfera virtual, ela resulta em danos tangíveis nos níveis físico, sexual, psicológico, social, econômico e outros. A violência não para quando as mulheres ficam offline”, alertou. Alexandra Silva, da Plataforma Portuguesa dos Direitos da Mulher (PpDM).
Ela disse que a violência de gênero, “profundamente enraizada em nossas sociedades sexistas”, é perigosamente apoiada pela tecnologia moderna e, de acordo com o Provedor de Igualdade de Gênero croata, Visnja Ljubicic, tais crimes na Internet estão aumentando exponencialmente na Europa.
Segundo um estudo recente, 67% das pessoas dos 18 aos 25 anos residentes em Portugal já foram expostas a violência sexual baseada em imagens publicadas na Internet e 95% das mulheres afetadas sofreram consequências negativas, incluindo depressão, relata Ana Neves. , da Comissão Portuguesa para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG).
O projeto, que será cofinanciado com fundos da UE, foi lançado hoje na conferência intitulada “Raising awareness of gender-based cyberviolence andways to provide a safer online environment for women and Girls” (bE-SAFE)”, organizada pela o Ombudsman Croata para a Igualdade de Gênero, realizado em Zagreb e transmitido pela Internet. EFE
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